UM ECONOMISTA BRASILEIRO NO ALTO COMANDO CHINÊS

UM ECONOMISTA BRASILEIRO NO ALTO COMANDO CHINÊS

Por Tébis Oliveira

Ele entrou aos 18 anos para a área de marketing da Copebras,na unidade de processamento de fosfato da Anglo American, em Cubatão (SP), mesmo não tendo conhecimento ou experiência comercial. Passados 25 anos, um curso de economia, um MBA no Insper e doze meses no Centro de Excelência da mineradora em Londres (UK), Marcos Antonio Stelzer Júnior deixou em setembro passado o cargo de Diretor Comercial e Supply Chain dos negócios de níquel, nióbio e fosfatos da companhia no Brasil, que ocupava desde 2012.

O mês de sua saída é o mesmo em que a China Molybdenum (CMOC) concluiu o processo de compra de dois desses ativos – nióbio e fosfatos -, por US$ 1,7 bilhão. Em outubro, mesmo não fazendo mais parte da Anglo American, Stelzer continuou em “casa” como managing director da CMOC International Brasil, subsidiária do grupo chinês.

perso64202x300
Marcos Antonio Stelzer Júnior

O negócio Fosfatos (Copebras) – inclui os ativos de Goiás – Mina Chapadão e a planta de beneficiamento, em Ouvidor, e o complexo químico em Catalão – e de São Paulo – complexo químico em Cubatão. O negócio Nióbio (Niobras) está concentrado em Goiás, com a Mina Boa Vista (em Catalão) e a planta de beneficiamento e metalúrgica Boa Vista, a planta Boa Vista Fresh Rock (BVFR) e a planta Tailings (em Ouvidor).

Segundo Stelzer, a transição está sendo feita de forma gradativa e tranquila desde abril de 2016, quando foi assinado o contrato de compra e venda pelas duas mineradoras, tendo como prioridades a continuidade do trabalho e a estabilidade das operações. Dessa forma, estão mantidos os volumes de produção projetados para este ano.

Nesta entrevista exclusiva a In the Mine, o economista fala que o principal desafio dos negócios é a instabilidade de preços das commodities, que afeta o mercado de mineração como um todo. Antecipa que os investimentos previstos para 2017 são para manutenção das unidades operacionais e, no caso da Niobras, para a melhoria de processos produtivos. Também o projeto de recuperação de fósforo da lama gerada pelo beneficiamento de fosfato, para aumento da produção do concentrado, será detalhado em 2017 para implantação em 2018.

Faça o download do pdf com a íntegra da entrevista publicada na edição 64 da In The Mine

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.