REDUÇÃO DA DEPENDÊNCIA FERTILIZANTES IMPORTADOS

REDUÇÃO DA DEPENDÊNCIA FERTILIZANTES IMPORTADOS

planta-quimicaNo segundo semestre de 2017, com o início das atividades de mineração, entra em operação o Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre (MG), da Galvani. A planta química e de produção de fertilizantes, que complementam o projeto, estarão em funcionamento no ano seguinte (2018). Esse é o principal projeto da Galvani na atualidade e um dos maiores investimentos privados em andamento no Brasil. O projeto tem como objetivo a extração e beneficiamento do minério de fosfato para a produção de fertilizantes fosfatados.

Orçado em US$ 500 milhões, atualmente em fase de obras e terraplenagem, está sendo implantado em uma área de 2,5 mil hectares e terá uma capacidade de produção plena de 1,2 Mta de concentrado de P205 a 33%. Nesse sentido, dobrará a capacidade atual de produção da Galvani, que é de cerca de 1 milhão de toneladas, somando-se os dois complexos industriais (Paulínia, em São Paulo, e Luís Eduardo Magalhães, na Bahia).

Gustavo Horbach, gerente de Projetos da Galvani, lembra que a conclusão do Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre fará com que o Brasil substitua 400 mil t de fertilizantes fosfatados por ano, que atualmente são importadas. “A dependência externa hoje é um fato inerente ao negócio de fertilizantes no Brasil. Mas, já estamos contribuindo para reduzir o déficit na balança comercial do setor, com a geração de emprego e renda para a indústria nacional, principalmente no Estado de Minas Gerais, promovendo o desenvolvimento sustentável e colaborando para reduzir desigualdades sociais e regionais”.

Ao entrar em operação, o complexo irá empregar mais de 700 colaboradores diretos, além de 500 indiretos. A empresa, em parceria com Senai, Senat, Sesi, Governo do Estado de Minas Gerais, Prefeitura Municipal de Serra do Salitre e secretarias de Educação e de Desenvolvimento Social, proporcionou cursos de capacitação para qualificar a mão de obra local, possibilitando que a população da região se candidate às vagas existentes na obra e na posterior operação do complexo.

gustavo-horbach
Gustavo Horbach, gerente de Projetos da Galvani

O complexo engloba a extração de rocha fosfática, beneficiamento do produto e unidade química para finalização do fertilizante. “O minério vai chegar com 4% de concentrado fosfático e vamos conseguir elevar para mais ou menos 30%”, explica Horbach. Quando em pleno funcionamento, suprirá a demanda de produção de fertilizantes fosfatados da própria unidade em Serra do Salitre e do complexo de Paulínia (SP), onde a Galvani produz fertilizantes para atender clientes no Sul e Sudeste. Por esse motivo, parte do que for produzido em Serra do Salitre será destinado a Paulínia e parte atenderá a um mercado consumidor de grande potencial: o Cerrado. A região onde o complexo será instalado está próxima dos principais clientes industriais da Galvani e permitirá à empresa utilizar canais logísticos para escoar o fertilizante produzido.

Paralelamente à fase final de obras e terraplenagem, a Galvani está aplicando na unidade a “Transição para a Operação”, processo que visa acionar e permitir que todos os setores da unidade estejam preparados para a operação, com os melhores prazos e de forma produtiva. “Com esta estrutura, somaremos as melhores práticas da Galvani e do mercado para cumprirmos as atividades fundamentais e integrarmos o projeto à operação da companhia da melhor maneira possível”, explica Bruno Pelli, gerente de Estratégia e Planejamento de Negócios da Galvani.

A despeito do investimento da Galvani, o Brasil ainda vai continuar dependente dos importados, pelo menos no futuro próximo. No caso do fósforo, em que 50% da demanda é adquirida no exterior, no entanto, o Brasil possui projetos e minas de rochas mapeadas que poderão reduzir consideravelmente a importação deste nutriente a médio prazo, sendo alguns destes projetos da própria Galvani: os greenfields de Serra do Salitre (MG) e Santa Quitéria (CE) e os brownfields de Irecê (BA) e Angico dos Dias (BA).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.