Votorantim Cimentos cria a Verdera, a sua nova marca da unidade de coprocessamento. Objetivo é oferecer serviços de destinação de resíduos para empresas e indústrias. O coprocessamento garante destinação adequada para diferentes tipos de resíduos. Assim, quando não são utilizados na reciclagem, tem reaproveitamento energético nos fornos da indústria de cimentos.
Esses resíduos e biomassas substituem o coque de petróleo, que é um combustível fóssil. Essa substituição auxilia na redução de emissões de gases de efeito estufa. Tanto durante a produção de cimento quanto no processo de decomposição dos resíduos, que deixam de ir para os aterros.
Mercado de gerenciamento de resíduos
“Atuamos com coprocessamento desde a década de 1990. Há três anos, mantemos uma estrutura dedicada a aumentar o uso de matérias-primas e combustíveis alternativos. Agora, iremos atuar diretamente no mercado de gerenciamento de resíduos. Para fortalecer nossa presença e o relacionamento com os clientes, nossa unidade de negócios de coprocessamento passa a ter sua própria marca, Verdera”. A afirmação é de Marcelo Castelli, CEO Global da Votorantim Cimentos,
A Verdera terá atuação nacional. No Brasil, 14 fábricas da Votorantim Cimentos já fazem coprocessamento. Nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a unidade de negócios irá oferecer serviços de destinação para uma ampla gama de resíduos. Incluindo aqueles que precisam ser triturados ou homogeneizados, a partir da operação de preparo localizada em Rio Branco do Sul (PR). Para os demais estados, inicialmente o foco será nos resíduos que podem ser encaminhados diretamente para coprocessamento.
Pioneirismo em coprocessamento no Brasil
A Votorantim Cimentos é pioneira no uso da tecnologia do coprocessamento no Brasil, com operações desde 1991. O primeiro resíduo utilizado foi o pneu. Desde então, a companhia vem pesquisando novos materiais. Com o objetivo de substituir o coque de petróleo como combustível nos fornos de fabricação do cimento.
Hoje, as operações brasileiras da empresa já destinam diferentes tipos de biomassas para o coprocessamento. Como casca de arroz, cavacos de madeira, coco babaçu, serragem e caroço do açaí. Além de pneus usados e outros resíduos industriais, como plásticos, papéis, e têxteis com restos de óleo. Bem como líquidos e borras provenientes de limpezas de tanques ou de diferentes tratamentos industriais, entre outros.
“A Verdera continuará atuando no mercado para desenvolver a cadeia de suprimentos de materiais combustíveis e matérias-primas alternativas”, afirma o diretor de Operações Brasil da Votorantim Cimentos, André Leitão.
Nos últimos anos, a Votorantim Cimentos investiu no Brasil R$ 300 milhões em coprocessamento. O que inclui a aquisição de novos equipamentos, desenvolvimento de fornecedores e clientes, controle de qualidade de novos insumos e mudanças nos processos de produção. Para os próximos cinco anos, a previsão da empresa é investir cerca de R$ 370 milhões nessa unidade de negócios, no país.