A mineração da Bahia continua se destacando. Nos dois primeiros meses de 2023, a comercialização de minérios da Bahia, registrou crescimento de 50% em relação ao mesmo período de 2022. De acordo com dados do Sumário Mineral de março, produzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) nos meses de janeiro e fevereiro, o número foi de R$ 1,8 bilhão.
No mês de fevereiro, ouro (33%), níquel (23%), os agregados para a construção civil (areia, brita, cascalho, argila e caulim – 7%) e cobre (6%) foram os principais minerais produzidos na Bahia. Os municípios que lideraram a produção mineral comercializada de fevereiro, são Itagibá (23%), Jacobina (21%), Barrocas (6%) e Santaluz (6%) que juntos somaram mais de 50% de toda a produção.
O número também reflete na arrecadação de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral). Dos R$ 8,5 milhões, que serão distribuídos para os municípios baianos, referente à arrecadação dos meses de janeiro e fevereiro, mais de R$ 4,2 milhões serão para os municípios acima citados. A CFEM, deve ser aplicada em projetos, que direta ou indiretamente levam para a comunidade melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da saúde e da educação.
Para o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, a mineração é de grande importância para as dezenas de municípios baianos.
“A atividade está presente em mais da metade dos municípios baianos e tem papel fundamental para o crescimento do estado. As cidades onde estão situadas as empresas são beneficiadas tanto com o dinheiro da CFEM que retorna para o município, quanto pelos empregos gerados, que normalmente pagam três vezes a mais do que em outros setores, beneficiando toda a economia da região”.
Já o secretário da SDE, Angelo Almeida, destacou a força da mineração baiana e pontuou o resultado dos agregados, que foram responsáveis pelo leve crescimento na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS).
“A mineração tem um grande potencial na Bahia. Tivemos um desempenho excelente na PMBC nos dois primeiros meses do ano. Também precisamos destacar o crescimento da produção de agregados, responsável pelo aumento de R$ 1 milhão na arrecadação do ICMS dos produtos minerais na Bahia”.
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