A Vale obteve mais um sólido desempenho operacional, alcançando diversos recordes de produção no 3T16, principalmente: minério de ferro (92,1 Mt); minério de ferro em Carajás (38,7 Mt); pelotas em Tubarão 3, Tubarão 8 e Vargem Grande (1,2 Mt, 1,8 Mt e 1,8 Mt, respectivamente); ouro contido como subproduto em concentrado de níquel e cobre de 118.000 onças; carvão de Moatize (1,8 Mt). Segundo Luciano Siani Pires, diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores, são “indicadores recordes de todos os tempos” na história da Vale. Associado a essa performance na produção, os preços ligeiramente maiores do minério no mercado e a redução de custos, apesar da apreciação do Real frente ao dólar, o balanço, segundo ele, mostra uma “excelente geração de caixa e um lucro líquido de R$ 1,8 bilhão”.
A grande expectativa agora é a entrada em operação do Complexo S11 D até o final do ano, com os primeiros embarques comerciais no início de 2017. Com 95% do complexo mina/planta concluído e a infraestrutura logística (&4% concluída), já foi iniciado o seu comissionamento a quente. Luciano Siani Pires diz que o ramal ferroviário entre a mina e a EFC já completamente pronto. “Os primeiros trens de 330 t começaram a circular, o minério já começou a ser colocado nos pátios de produto, e o Terminal de Ponta da Madeira já está carregando os primeiros navios”.
Abaixo, os dados do Balanço do Terceiro Trimestre de 2016:
A receita líquida totalizou US$ 7,324 bilhões no 3T16, representando um aumento de US$ 698 milhões em comparação com o 2T16, devido aos maiores preços de venda de finos de minério de ferro e pelotas (US$ 275 milhões), níquel e cobre (US$ 95 milhões) e carvão (US$ 25 milhões), bem como maiores volumes de fertilizantes (US$ 142 milhões) e ferrosos (US$ 127 milhões).
Os custos e despesas caíram US$ 2,180 bilhões nos 9M16 em comparação com os 9M15, principalmente devido às iniciativas de redução de custos (US$ 1,740 bilhão) e às variações cambiais (US$ 924 milhões), sendo parcialmente compensados pelos maiores volumes de vendas (US$ 1,190 bilhão).
O EBITDA ajustado foi de US$ 3,023 bilhões[2] no 3T16, ficando 26,9% acima do registrado no 2T16, principalmente em função do aumento no EBITDA dos segmentos de Minerais Ferrosos (US$ 357 milhões), Metais Básicos (US$ 224 milhões) e Carvão (US$ 103 milhões). A margem EBITDA ajustado aumentou 5 pontos percentuais, alcançando 41,3% no 3T16.
Os investimentos totalizaram US$ 1,257 bilhão no 3T16, representando uma redução de US$ 111 milhões em comparação com o 2T16. Os investimentos na execução de projetos totalizaram US$ 741 milhões no 3T16, dos quais US$ 530 milhões foram relacionados ao projeto S11D. Os investimentos na manutenção das operações existentes totalizaram US$ 516 milhões no 3T16, ficando 11,4% acima do 2T16, como resultado da usual concentração de investimentos no segundo semestre do ano.
Atualmente, o único projeto em desenvolvimento, o S11D, atingiu um importante marco ao iniciar com sucesso seus testes com carga no 3T16. O start-up do S11D é esperado para o 4T16 com a primeira venda comercial de minério planejada para o 1T17.
O lucro líquido totalizou US$ 575 milhões no 3T16 contra US$ 1,106 bilhão no 2T16. A redução de US$ 531 milhões deve-se, principalmente, aos ajustes para variação cambial (-US$ 2,237 bilhões), que foram parcialmente compensados pela provisão da Samarco registrada no 2T16 (US$ 1,038 bilhão) e pelo maior EBITDA do 3T16 (US$ 640 milhões). O lucro básico (lucro líquido ajustado para os itens não recorrentes) foi de US$ 954 milhões no 3T16, principalmente devido aos ajustes para variação cambial (US$ 330 milhões).
A dívida líquida caiu US$ 1,543 bilhão passando a US$ 25,965 bilhões, com uma posição de caixa de US$ 5,484 bilhões. A dívida bruta reduziu-se em US$ 365 milhões, passando a ser de US$ 31,449 bilhões no 3T16, com a alavancagem[3] melhorando para 3,6x, o mesmo nível registrado no 3T15.
Os principais destaques do desempenho da Vale por segmento de negócio foram os seguintes:
O EBITDA do segmento de Minerais Ferrosos aumentou 17% no 3T16 em comparação com o 2T16, devido principalmente aos maiores preços realizados e aos menores custos e despesas
O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos foi de US$ 2,493 bilhões no 3T16, ficando US$ 357 milhões acima dos US$ 2,136 bilhões alcançados no 2T16, principalmente como resultado dos maiores preços realizados de vendas (US$ 291 milhões) e dos menores custos e despesas[4] (US$ 213 milhões), que foram parcialmente compensados pela variação cambial (US$ 117 milhões).
A geração de caixa simplificada medida pelo EBITDA ajustado menos investimentos em projetos de capital e manutenção foi de US$ 1,698 bilhão no 3T16, aumentando US$ 331 milhões (24%) em relação ao US$ 1,367 bilhão registrado no 2T16.
O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro em BRL reduziu-se em 10%, passando a R$ 42,2/t no 3T16 em comparação com os R$ 46,9/t registrados no 3T15, apesar das pressões inflacionárias de 8,5%[5], principalmente devido ao melhor desempenho operacional e às iniciativas de redução de custos em curso.
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