A Usiminas anunciou retomada de algumas atividades que estavam parcialmente paralisadas em função da abrupta retração do mercado. Os principais aportes devem acontecer em iniciativas de meio ambiente e na implantação do projeto de empilhamento a seco (dry stacking) da Mineração Usiminas.
Segundo o presidente da empresa, Sergio Leite, a companhia está preparada para uma resposta rápida a uma esperada retomada do mercado.“Adotamos uma série de ajustes que nos permitiram passar pelos momentos mais críticos da crise sem, contudo, comprometer o nosso caixa”. A Usiminas confirmou a retomada gradual das operações do Alto-Forno 1 e da Aciaria 1 da Usina de Ipatinga e das laminações em Cubatão, na Baixada Santista.
Em abril, segundo o Instituto Aço Brasil, o setor siderúrgico voltou ao patamar de 15 anos atrás. No primeiro semestre de 2020, a produção de aço bruto no país teve uma queda de 17,9% e o consumo aparente retraiu 10,5%. “Estamos confiantes que o pior já passou e que a trajetória agora é de retomada, apesar dos enormes desafios que temos pela frente”, afirma Leite.
Mineração se destaca no segundo trimestre
Dentro do grupo, a área de mineração se destacou no segundo trimestre. O Ebitda Ajustado da Musa (Mineração Usiminas), de R$ 380 milhões atingiu sua máxima histórica, com um aumento de 77,8% em relação ao 1T20. A margem Ebitda Ajustado da empresa ficou em 51% (36,8% no trimestre anterior).
A unidade produziu 2 Mt de minério de ferro (queda de 6,7% na comparação com o 1T20) e registrou vendas de 1,9 milhão de toneladas (redução de 14% em relação ao 1T20). Já a receita líquida alcançou R$ 746 milhões, com alta de 28,3% quando comparada ao trimestre anterior (1T20). A elevação ocorreu principalmente em função da desvalorização do real frente ao dólar, do aumento do preço do minério e da redução no preço do frete.
A Musa investiu R$ 50 milhões no segundo trimestre. A empresa já iniciou a implantação do seu projeto de empilhamento a seco (dry stacking), licenciado no mês de junho pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. O novo sistema de disposição de rejeitos vai permitir a substituição das barragens convencionais e garantir importantes ganhos ambientais e de segurança.