A Usiminas divulgou, nesta sexta-feira (30), os números do seu desempenho no segundo trimestre do ano. No período, a empresa alcançou um Ebitda Ajustado Consolidado de R$ 5,1 bilhões, com recorde em todas as unidades de negócios. Nos três primeiros meses deste ano, o Ebtida Ajustado Consolidado da companhia havia ficado em R$ 2,4 bilhões. A margem Ebtida Ajustado foi de 52,8% contra os 34,2% registrados no trimestre anterior (1T21).
O lucro líquido da empresa teve uma alta de 277% e saltou de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre do ano para R$ 4,5 bilhões no segundo trimestre, o maior lucro líquido trimestral. O resultado se deve, principalmente, ao maior resultado operacional e ao reconhecimento de créditos fiscais e ganhos cambiais líquidos no período, ante perdas cambiais no primeiro trimestre.
Outro destaque do período foi a situação do caixa da companhia. Em 30/06/21, o Caixa e Equivalente de Caixa consolidado da Usiminas era de R$ 6,1 bilhões, uma alta de 31,6% em relação à posição de 31/03/21. Já a dívida bruta consolidada ficou em R$ 5,8 bilhões, 7% inferior à situação registrada no final do primeiro trimestre do ano.
Vendas de 1,32 milhão de toneladas de aço
Com relação às vendas de aço no período (2T21), a empresa registrou um volume de 1,32 milhão de toneladas, o maior desde o terceiro trimestre de 2014. O mercado interno respondeu por 1,25 milhão das vendas, maior volume desde o 1T14. Na Mineração Usiminas, as vendas de minério de ferro ficaram em 2,1 milhões de toneladas no segundo trimestre, contra 1,9 milhão registrado nos três primeiros meses do ano.
A Usiminas contabilizou alta nos investimentos realizados no segundo trimestre. O Capex no período totalizou R$ 335 milhões, 40,5% superior ao registrado nos três primeiros meses do ano. Os recursos foram destinados, principalmente, para manutenção, segurança e meio ambiente.
Expectativa de trajetória positiva
“Mesmo com todos os desafios, muitos deles ainda em curso, tivemos a satisfação de encerrar mais um trimestre na Usiminas com resultados muito positivos. Graças ao trabalho de uma equipe com grande capacidade e comprometimento, conseguimos sair de um cenário, que em 2016 era de completa fragilidade da companhia, para um período de forte recuperação e reposicionamento da empresa no mercado”, avalia o presidente da companhia, Sergio Leite.
“Afora os problemas estruturais do país, enfrentamos ainda crise mundial sem precedentes com a pandemia e conseguimos manter nossos principais resultados em curva ascendente e com foco no atendimento dos nossos clientes do mercado interno”, explica Leite. “Tivemos uma forte geração de Ebitda no segundo trimestre que nos garantiu uma posição de caixa que, hoje, é capaz de cobrir todo o endividamento da companhia com excedente de recursos. A expectativa é continuarmos numa trajetória positiva e seguirmos preparados para a retomada da economia brasileira”.
Agenda de sustentabilidade
A empresa, que havia anunciado metas para sua agenda ESG no fim de 2020, continuou avançando nestes resultados no segundo trimestre com relevantes conquistas. Entre os objetivos estabelecidos, destaque para os resultados já obtidos nos temas Diversidade e Inclusão e CO2/Energia.
Na primeira, a meta de alcançar 10% de mulheres atuando na área industrial da companhia, seguiu em linha com o planejado e fechou o segundo trimestre do ano totalizando 3,6%.
No que diz respeito às emissões de Gases de Efeito Estufa, outra meta com avanços importantes, o período foi marcado pela conclusão do inventário de emissões com certificação independente para participação da companhia no CDP – Carbon Disclosure Project.
Ainda na agenda ESG, destaque também para os avanços na estratégia de sustentabilidade da companhia, com iniciativas como o lançamento da Norma de Sustentabilidade, que estabelece os princípios e diretrizes para a atuação das empresas Usiminas, e o relatório 2020.
Performance das Unidades de Negócios
Em relação à produção de aço bruto, a Usina de Ipatinga registrou 751 mil toneladas no segundo trimestre, com queda de 3,7% quando comparada ao 1T21 e alta de 40,9% quando comparada ao igual período do ano passado (2T20). Já a produção de laminados nas usinas de Ipatinga e Cubatão atingiu 1,3 milhão de toneladas no último trimestre, com aumento de 2,5% em relação ao trimestre anterior (1T21) e de 95,9% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. No segundo trimestre deste ano, foram processadas, ainda, 652 mil toneladas de placas adquiridas.
Ainda na unidade de Siderurgia, a Usiminas registrou vendas totais de 1,32 milhão de toneladas de aço no segundo trimestre de 2021, maior volume de venda trimestral da unidade desde o terceiro trimestre de 2014. Com isso, o Ebitda Ajustado da Siderurgia alcançou R$ 3,4 bilhões no período, 172,4% superior ao do primeiro trimestre do ano, melhor resultado da unidade. A margem Ebitda Ajustado ficou em 44,4% no 2T21, contra 21,8% do primeiro trimestre do ano.
Mineração Usiminas
Na Mineração Usiminas, a produção atingiu 2,2 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2021, alta de 9,9% quando comparada com o trimestre anterior (1T21), e o volume de vendas também seguiu em alta. Foram 2,1 milhões de toneladas de minério de ferro comercializadas no período, com alta de 5,4% na comparação com os três primeiros meses do ano. O Ebitda Ajustado dessa unidade de negócio alcançou R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre, nova máxima histórica de Ebitda em um trimestre. Quando comparado com os três meses anteriores (1T21), o Ebitda Ajustado da unidade teve alta de 38% no segundo trimestre do ano. A margem Ebitda Ajustado ficou em 71,5% no 2T21, contra 73% no tri anterior.
Soluções Usiminas
Na Soluções Usiminas, empresa que atua no mercado de distribuição de aço, serviços, fabricação e venda de tubos de pequeno diâmetro, a receita líquida no segundo trimestre atingiu R$ 2,4 bilhões, uma alta de 38,7% em relação aos três primeiros meses deste ano, quando já havia registrado sua maior receita líquida da história da empresa, de R$ 1,7 bilhão.
O Ebitda Ajustado da Soluções Usiminas no segundo trimestre ficou em R$ 429 milhões, registrando alta de 73,3% quando comparado ao primeiro trimestre de 2021 e também máxima histórica da empresa. A margem Ebitda Ajustado no período foi de 17,8%, contra 14,2% no trimestre anterior (1T21).