Elas são a Auxiliar Cutter (AC), o Bulk Cutter (BC) e o Collecting Machine (CM) e integram uma frota ainda inédita na mineração mundial: a SPTs ou Ferramentas de Produção do Fundo do Mar. Projetadas e em construção nas instalações da Soil Machine Dynamic, em Newcastle Upon Tyne, no Reino Unido, os equipamentos, que serão operados remotamente, integram tecnologias do setor de petróleo e gás offshore e de corte de rocha em operações terrestres.
Montado sobre trilhos, o AC preparará o terreno, criando bancadas de trabalho para as outras duas máquinas. Também fará, junto o BC, de maior capacidade, o corte do material – areia, cascalho e silte -, que será coletado pelo CM e transferido, em forma de polpa, para um tubo flexível, de onde será bombeado para a superfície marítima. O início das operações está previsto para o primeiro quadrimestre de 2019. As máquinas foram encomendadas pela australiana Nautilus Minerals, para o projeto Solwara, para extração de de cobre e ouro a partir de depósitos de SMS (Sulfureto Maciço do Fundo do Mar), em Papua Nova Guiné.
Os depósitos de SMS se formam no leito oceânico e contêm elevadas concentrações de cobre, ouro, zinco e prata, principalmente. Dois deles – Solwara 1 e 12 – foram descobertos em 1985 em águas territoriais de Papua Nova Guiné, o primeiro país a conceder licenças para sua exploração comercial. A Nautilus recebeu a sua em 1997 e, em 2007, lançou um programa que incluiu estudos ambientais, perfurações para definição dos recursos minerais, amostragem e desenvolvimento do processo de beneficiamento metalúrgico do minério. Hoje, a empresa já possui a Licença Prévia e a Licença de Instalação.
O projeto Solwara (água salgada em Tok Pisin, uma das línguas oficiais de Papua Nova Guiné) inclui os depósitos Solwara 1 e 12, a 25 km de distância. Solwara 1, onde será iniciada a lavra mineral, está a cerca de 1,6 mil m de profundidade, possui em torno de 7% de teor de cobre e teor médio de ouro de 6 g/t.