Por Tébis Oliveira
Ele diz que maximizar o aproveitamento de recursos minerais é uma obsessão sua. Consequência dela ou não, fato é que ao chegar à AMG Mineração em 2011, como diretor de Produção, se empenhou em convencer a direção do grupo holandês a investir em uma campanha de pesquisa mineral. Um ano depois, a estimativa de recursos passou de 3 para 15 Mt e a mina, que tinha vida útil de apenas 4 anos, ganhou outros 14. Resultado: autorização para uma campanha de sondagem, elevou os recursos para 24,5 Mt e a vida útil da mina para 2038.
Fabiano José de Oliveira Costa é hoje o presidente das operações da AMG Mineração e AMG Brasil e CEO da holding brasileira do grupo. Ainda assim, o menino que começou aos 14 anos trabalhando na mina de manganês de seu pai e tio, ambos geólogos, e foi operador de caminhão na antiga MBR (Minerações Brasileiras Reunidas), não se diz talentoso e acredita mais em transpiração do que em inspiração.
Por sua trajetória profissional, é difícil duvidar que Costa não tenha talento, como também é certo que se dedica e empenha desde sempre. Entre 600 candidatos a 2 vagas no concorrido programa de trainee da Samarco, ele foi um dos selecionados. Já engenheiro de minas na empresa, foi para uma de suas controladoras, a BHP Billiton, passando por minas no Chile, Canadá e Austrália. Em 2006, foi para o Laos, onde implantou a primeira mina do país e formou uma equipe de mulheres para operar caminhões. Voltou ao Brasil sócio de uma junior company, a Mundo Minerals, e criou outra mina em Rio Acima (MG).
Costa acredita que concluirá sua carreira na AMG, mas nem por isso deixa de planejar empreitadas ambiciosas como o Projeto Lítio. É ele que, além de garantir a sustentabilidade da companhia no futuro, colocará o Brasil no mercado internacional de um dos minerais mais cobiçados por indústrias de tecnologia de ponta atualmente.
Nesta entrevista exclusiva a In the Mine, Costa fala desse projeto, detalha a evolução da AMG no Brasil e opina sobre o novo Código Nacional de Mineração, entre outros temas. Aos jovens estudantes de minas, diz que é preciso se preparar porque a vida não é fácil. E justifica: “sorte é quando a oportunidade encontra o preparo”.
Faça o download do pdf e leia a entrevista na íntegra, publicada na edição 74 da revista In The Mine