UM METALURGISTA E SEU LEGADO À MINERAÇÃO

UM METALURGISTA E SEU LEGADO À MINERAÇÃO

Evilmar Fonseca é formado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele saiu de uma empresa de autopeças para trabalhar em uma mina de ouro da Vale, no Pará. Descobriu sua vocação na vida e nunca mais saiu da mineração. Passou pela Vale, BHP-Billiton e CSN (Cia.Siderúrgica Nacional). Está há dois anos como diretor industrial da Mineração Paragominas. Localizada no município paraense homônimo e pertencente à norueguesa Hydro.

Evilmar Fonseca
Evilmar Fonseca

Até o final de fevereiro de 2018, Evilmar Fonseca comandava uma produção de mais de 11 Mtpa de bauxita. Destinada à refinaria de alumina Alunorte, em Barcarena. A Alunorte, junto com a produtora de alumínio Albras, compõe o negócio da Hydro no Brasil. Essa situação mudou radicalmente, então, quando a Alunorte teve 50% de sua operação embargada. Em razão da suspeita de vazamento de rejeitos em rios e igarapés da região.

Foi um período bastante desafiador, lembra Fonseca. Mesmo cortando a produção pela metade, a mineradora precisava manter um custo competitivo. Bem como gerar caixa para pagar suas obrigações e obter resultados positivos. Ainda assim, decidiu não demitir nenhum de seus 1.417 funcionários. Quase 1,5 ano depois, em setembro passado, o  último embargo da Alunorte foi derrubado. E a Mineração Paragominas já opera com 75% de sua capacidade nominal.

Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)

Esse é um dos temas tratados por Fonseca nesta entrevista exclusiva à In the Mine. Outros são o histórico da mineradora, sua operação e política de segurança no trabalho. Além dos programas e projetos na área de sustentabilidade. O diretor comenta, ainda, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pelo Ministério Público Federal (MPF). Com o intuito de indenizar as comunidades do Território Quilombola do Jambuaçu, em Moju. Uma das cidades por onde passam o mineroduto. E também uma linha de transmissão de energia da mineradora.

Por fim, o metalurgista e torcedor do Cruzeiro, de Minas Gerais, diz que suas maiores realizações são o casamento, os três filhos e sua carreira na mineração. Aos jovens engenheiros recomenda: estudem continuamente, respeitem e valorizem as pessoas. Independente de seu cargo ou posição, façam sempre a coisa certa e avaliem qual legado deixarão para a sua empresa e a sociedade. No caso dele, esclarece, esse legado é o de mostrar que é possível fazer uma mineração sustentável, segura e de excelência.

Leia a íntegra da entrevista publicada na edição 81 da revista In The Mine

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.