Pode até ser que a inexperiência, como ele diz, o tenha levado a tomar decisões inapropriadas ou inadequadas no início de sua carreira. Mas, certamente, foi a experiência acumulada nas várias empresas do Grupo Votorantim – Metais, Siderurgia e, desde 2015, na Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) -, nas áreas de desenvolvimento corporativo, planejamento estratégico e finanças, que o credenciou a chegar a CFO e, depois, a CEO de uma das maiores produtoras de alumínio do Brasil.
Luciano Francisco Alves assumiu como CEO da CBA em maio de 2023, sucedendo a Ricardo Carvalho, que ocupava o cargo desde 2016. A convivência com Carvalho, nos últimos oito anos trouxe ao novo presidente da companhia um grande aprendizado. A começar do spin off da Nexa (ex-Votorantim Metais), passando pela implementação da estratégia de longo prazo da empresa e pelo exitoso IPO (Oferta Pública de Ações) realizado na B3 – bolsa de valores do Brasil – em 2021. Um período que Alves avalia como sendo o de sua maior realização profissional, “por termos levado o negócio a outro patamar de competividade e proatividade”, justifica o executivo.
Sua gestão, agora, será de continuidade do trabalho realizado por Carvalho, tendo como foco – e principais desafios – o avanço nas metas de crescimento, sustentabilidade e transformação digital da empresa. O crescimento tem como principal alavanca a ampliação do emprego de reciclagem nas linhas de produtos primários e transformados. No quesito sustentabilidade, os destaques são a redução ainda maior de emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa), a partir da agregação às operações de novas matrizes energéticas renováveis, como a solar e a eólica; novamente da reciclagem e, ainda, da certificação de créditos de carbono obtidos por áreas reflorestadas. A transformação digital passa pela inovação e modernização de estruturas e processos.
São esses os assuntos abordados nesta entrevista exclusiva de Alves à revista In the Mine. Há outros: mineração, projeto Bauxita Rondon, eletrificação e automação das fábricas, gestão de ativos de energia, diversidade e inclusão e segurança. E também o cenário desafiador diante de uma possível recessão econômica dos Estados Unidos e Europa e da redução da demanda por commodities da China. Um cenário que se reflete na baixa dos preços do alumínio. Talvez o fator preponderante nos resultados da CBA no segundo trimestre de 2023, divulgados cerca de 15 dias após esta entrevista: um prejuízo de US$ 50 milhões, em comparação ao mesmo período de 2022, ainda que mantendo um volume de vendas estável em relação ao primeiro trimestre desse ano.
ITM: Como é suceder a Ricardo Carvalho, que reposicionou a CBA no mercado, inclusive com uma agenda ESG consistente, e realizou um IPO de sucesso na B3 em 2021?
Alves: Toda sucessão é um processo complexo. Na CBA, ele foi iniciado em novembro de 2022 para acontecer, de fato, em maio de 2023. Esse período nos permitiu fazer a transição da maneira mais adequada possível. No meu caso, acho que a escolha do meu nome foi pela continuidade do trabalho que Ricardo Carvalho vinha realizando. Estou na companhia desde 2015 e no grupo Votorantim desde 2005, o que me faz sentir parte do time que construiu nossa estratégia de longo prazo e implementou os planos para sua execução. Passar da liderança da área financeira, que eu exercia, para a da companhia é uma honra muito grande para todos nós e uma oportunidade imensa para mim pessoalmente.
ITM: Porque você fala em continuidade do trabalho?
Alves: Falo no sentido de dar sequência ao trabalho que foi muito bem tocado e desenvolvido pelo Ricardo. Essa intenção também mostra que temos uma estratégia muito bem definida que, embora venha sendo implantada ao longo dos últimos anos, ainda tem várias metas a cumprir, em especial em áreas como as de transformação digital e sustentabilidade, que permanecem sendo nosso foco e demandarão muitas ações a serem realizadas futuramente. Temos, ainda, a continuidade da estratégia de crescimento da CBA, para modernizar a companhia e expandi-la em todas as etapas da cadeia produtiva do alumínio onde atuamos, desde a mineração de bauxita até a transformação de materiais reciclados. Há vários projetos para esse crescimento, já divulgados até, mas que só foram aprovados após o IPO e ainda não estão plenamente desenvolvidos.
ITM: A CBA adotou o slogan “O futuro é de alumínio” em seu relatório anual 2022. Qual alumínio fará parte desse futuro?
Alves: Em primeiro lugar, o alumínio de baixa pegada de carbono, produzido com energia renovável, o que ainda é um desafio dessa indústria, principalmente fora do Brasil. Na CBA já produzimos alumínio com energia 100% renovável e vamos investir em mais fontes desse tipo para manter esse percentual. Em segundo lugar, a ampliação da reciclagem de alumínio que, por suas características, é um metal de reciclagem quase infinita, com perdas praticamente marginais de propriedade e volume. Há inclusive uma estatística de que 75% do alumínio já produzido historicamente no mundo ainda se encontra em utilização, justamente por causa dessa possibilidade ampla de reciclagem. Essa tendência se mantém no mundo todo por vários motivos, como a pegada de carbono, mas também porque é um material acessível, mesmo que a empresa não possua uma carteira de fornecedores ou uma rede de coleta de sucata. Outro fator que insere o alumínio num cenário futuro são suas propriedades vantajosas para uma série de aplicações.
ITM: Você pode exemplificar?
Alves: Claro. O alumínio é leve, se comparado a outros metais e materiais, é um excelente condutor de eletricidade e possui grande resistência. Também conserva muito bem alimentos e bebidas. Se pensamos e desejamos um mundo com soluções mais sustentáveis, como a de eletrificação, por exemplo, precisaremos de mais parques eólicos, de mais painéis solares e de mais redes para a transmissão dessa energia, que necessariamente demandarão alumínio. Outros metais como níquel, cobre e lítio também irão se beneficiar dessa demanda, mas o alumínio certamente está nesse rol de produtos. Além disso, reduzir a pegada de carbono do alumínio é relativamente simples: basta mudar a matriz energética da indústria.
ITM: Voltando à questão da reciclagem, como está o incremento do uso desses materiais na CBA?
ITM: Ainda temos uma operação de reciclagem pequena, através da Metalex, que atua desde de 2011, e da Alux do Brasil, adquirida em 2022. Historicamente, sempre tivemos consumo de material reciclado na CBA, junto com alumínio líquido. São sucatas que geramos, compramos no mercado ou que vêm de nossos clientes. Com esse material, conseguimos otimizar nossa cadeia produtiva para extrair um volume adicional de forma bastante competitiva. Ainda reduzimos nossa pegada de carbono para 3 tCO2e (toneladas de dióxido de carbono equivalente) por tonelada de alumínio líquido, abaixo do valor de referência mundial, que é de 4 tCO2e, e pelo menos quatro vezes menor que a da indústria de alumínio global, que está entre 12 e 13 tCO2e. Com a reciclagem, também conseguimos um produto de alumínio transformado com margem mais estável, ainda que menor que a de um produto primário, sujeito à flutuação de preços da commodity. Essa relação nos ajuda a balancear os riscos incidentes sobre nosso portfólio, reduzindo a influência do valor da commodity sobre ele.
ITM: Nesse contexto, no que consiste a Estratégia ESG 2030 da CBA e porque sua formulação original já foi atualizada?
Alves: Essa estratégia ESG teve sua primeira versão definida entre 2018 e 2019. Sua atualização é natural, tanto a da própria estratégia como as dos planos para realizá-la. No caso da estratégia, fazemos sua revisão a cada três anos, mas ela pode ser antecipada, se o mercado exigir. Os planos passam por revisão anual. As mudanças mais recentes foram pontuais. Tínhamos 30 objetivos e adicionamos outros três. Também revisamos alguns pilares e programas. Dos 33 objetivos atuais, que permeiam toda a organização, a questão das emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) é a de maior evidência. Nossa meta é reduzi-las em 40% até 2030. Já reduzimos em cerca de 26%, com medidas como o menor consumo de água e a maior utilização de resíduos e reciclagem. Mas, mesmo já tendo uma baixa pegada de carbono, queremos melhorá-la ainda mais, elevando o perfil de sustentabilidade de nosso alumínio. Não é só para que a CBA tenha uma pegada menor de carbono, mas também para, de certa maneira, influenciarmos a indústria a seguir o mesmo caminho.
ITM: Quais são as soluções tecnológicas a serem implantadas na mineração de bauxita para adequá-la às metas de redução de GEE e de rejeitos?
Alves: O primeiro ponto que quero lembrar é que já temos uma mineração diferenciada, de forma sustentável, com a recuperação sequencial da área minerada, um trabalho feito em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV). Sempre entregamos a área em condições iguais ou melhores do que quando começamos sua lavra. O segundo ponto é que temos, na operação da mina, uma barragem de rejeitos simples, construída há bastante tempo e segura, que cumpre todos os padrões de conformidade exigidos. Em paralelo, temos investido em tecnologias para eliminar essa necessidade de barragens no futuro. Uma delas é a de processamento do minério na própria mina. Temos ainda iniciativas pontuais, de otimização dos processos e outras, que não são específicas para a mineração, mas valem para toda a CBA.
ITM: Quais são essas iniciativas?
Alves: Uma delas é a de créditos de carbono, a partir do reflorestamento de
áreas degradadas, como fazemos em Niquelândia (GO), em nossa reserva
Legado Verdes do Cerrado. Para isso, contamos com o programa REDD+ – de
Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal -, que trata
do replantio de espécies naturais do Cerrado (GO), cultivadas em viveiros de
mudas próprios. Nesse programa tivemos uma área certificada de 11,5 mil ha,
gerando 316 mil créditos de carbono entre 2017 e 2021, que foram a leilão em
30 de agosto de 2022.
ITM: Qual é a importância desses créditos de carbono para a redução de emissões da CBA?
Alves: O primeiro passo para a redução das emissões é o uso da energia renovável. O segundo passo é o aumento da reciclagem no processo produtivo. O terceiro é a obtenção de créditos de carbono através de áreas reflorestadas. Nesse caso, o crédito é obtido durante o crescimento das árvores, quando o sequestro de CO2 é maior. Na reserva Legados Verdes do Cerrado, 80% da área são destinados à conservação desse bioma e foram certificados com os créditos de carbono. Nos 20% restantes são realizadas atividades de pecuária e produção de grãos, com práticas de manejo integrado à natureza. O REDD+ Cerrado fornece mudas e capacitação técnica para que os proprietários rurais realizem seu plantio e monitoramento, com supervisão e apoio técnico da CBA. Sem esse programa, os produtores não teriam incentivo ou teriam um incentivo menor para reflorestar as áreas degradadas. Os créditos de carbono gerados com esse trabalho vão diversificar a renda dos produtores rurais, reduzindo os riscos de possíveis choques de mercado.
ITM: Voltando à mineração, como está o projeto Bauxita Rondon, no Pará? Ele contará com novas tecnologias, como a de eletrificação da frota móvel?
Alves: Por enquanto, estamos testando a eletrificação inicialmente nas fábricas, mas não nas minas. Esse movimento existe na mineração, mas ainda depende de infraestrutura na mina para carregar as baterias dos equipamentos, o que não está no nosso horizonte de curto prazo. Assim também, o projeto Bauxita Rondon é de médio a longo prazo. Estamos no estágio de pré-viabilidade e precisamos evoluir para o de viabilidade. É um projeto de grande porte, que pode ser expandido, e estamos buscando parceiros interessados no off take do produto, para viabilizá-lo. Ele é interessante para a CBA e deve agregar nossos conceitos de mineração sustentável: recuperação sequencial da área minerada, sem barragem e com disposição a seco do rejeito. Mas ainda está em uma fase inicial.
ITM: No refino, as Salas Fornos passam por uma atualização tecnológica. Qual é o escopo, CAPEX e cronograma desse projeto?
Alves: Esse é outro projeto de longo prazo, que emprega uma tecnologia relativamente simples. Basicamente, a alimentação manual do processo produtivo passa a ser automatizada. Nosso objetivo inicial era reduzir as emissões usando uma tecnologia mais moderna. Mas vimos que, ao reduzir as emissões, passamos a tratar menos gases, o que reduziu o consumo de água nas torres de lavagem de gás. Além disso, a automação melhora a eficiência operacional, o que também reduz custos. Temos mais de 1.200 fornos na CBA e estamos fazendo essa modernização aos poucos. Já concluímos a atualização na Sala Fornos 3 e devemos completá-la, nas outras salas, até 2025, com um investimento ao redor de R$ 500 milhões.
ITM: A CBA retomou, da Auren, antiga Votorantim Energia, a administração de suas 23 usinas hidrelétricas. Porque reassumir o controle desses ativos?
Alves: As usinas hidrelétricas sempre fizeram parte da CBA e nada mudou nesse sentido. Apenas sua gestão, que estava sendo feita pela Auren, passa a ser feita para a CBA, numa evolução natural de ambas empresas. Para nós era importante ter, não só a operação, como a gestão dessas usinas. Absorvemos todo o time que já operava, dando continuidade ao que já era feito pela Auren, para gerir esses ativos de acordo com nossas necessidades. É esse mesmo time que está capitaneando iniciativas de busca de novas fontes de energia para um crescimento futuro.
ITM: Nesse caso, como está a diversificação para fontes eólicas e solares?
Alves: Já em 2019 fechamos um acordo com a Auren, para desenvolver os parques eólicos que começaram a operar em janeiro deste ano, no Nordeste, gerando em média 75 MW de energia por ano. Para o futuro, estamos avaliando várias opções e não definimos ainda qual fonte será mais interessante ou se ela será própria ou terceirizada. Temos um projeto de energia solar em Goiás, em desenvolvimento, que pode ser uma opção futura para a CBA. Neste momento não há urgência. Temos um excedente de energia no curto prazo, com o aumento do nível dos reservatórios das hidrelétricas devido à grande quantidade de chuvas.
ITM: A CBA concluiu seu Censo de Diversidade em 2022. Quais foram as principais constatações desse estudo?
Alves: Temos algumas metas de diversidade na CBA e o censo é a continuidade de um trabalho que iniciamos há pelo menos 5 anos. Esse levantamento nos trouxe insights interessantes, com um perfil diferente de funcionários daquele que tínhamos oficialmente na empresa, ainda que muito semelhante ao da população brasileira. Isso ocorre porque temos muitos colaboradores antigos, de uma época em que não havia o conceito atual de diversidade de gêneros. Outra situação é que a indicação do gênero é feita no momento da contratação, o que pode constranger o declarante.
ITM: E qual é o perfil do quadro funcional da CBA?
Alves: Temos em torno de 50% de funcionários pretos e pardos, semelhante ao percentual que se verifica na população brasileira. No caso das mulheres, são cerca de 20% em posições de liderança hoje, contra 5% que tínhamos em 2016. Nossa meta é chegar a 25% até 2025. Mas além do censo, que nos ajudou a traçar planos para incrementar ainda mais a diversidade na empresa, temos outras ações inclusivas para cumprir nossas metas nessa área.
ITM: Quais são essas ações?
Alves: Temos conversas recorrentes para conscientização e palestras educacionais sobre o tema. Criamos o comitê de diversidade e contamos com grupos de afinidade nas categorias gênero, raça, Pessoas com Deficiência (PCDs) e LGBTQIA+. Temos também ações específicas, com resultados muito bons, como o de capacitação de mulheres na operação de processos metalúrgicos. Para isso, fizemos uma parceria com o Senai que, desde 2020, já formou mais de 250 mulheres em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco, sendo que uma parte relevante foi absorvida em nossas operações. A indústria de mineração precisa muito trabalhar esse tema, até por uma questão histórica. Além disso, há grandes benefícios em contar com um time mais diverso no dia-a-dia. Também a transformação digital está muito ligada à diversidade, por envolver um time multidisciplinar, que tenha experiências e ideias diferentes entre si para propor soluções inovadoras. Posso dizer que a diversidade faz parte da nossa estratégia, da nossa cultura e do nosso dia-a-dia.
ITM: A segurança é um dos pontos críticos em operações minerais. Qual a abordagem da CBA sobre o tema considerando, inclusive, os acidentes de trabalho – dois graves e um fatal – registrados em 2022?
Alves: Tratamos muito de segurança na CBA porque é fundamental ter uma operação segura. Evoluímos nessa questão na última década e estamos focados em todas as áreas da empresa, em especial nas áreas operacionais. Nossos índices estão bem abaixo da média mundial, principalmente da indústria de mineração, mas sempre haverá muito a ser feito. Em 2022 tivemos um aumento de nossa taxa de acidentes de 1,68, em 2021, para 2,26. Ainda assim, o indicador foi menor que as taxas de frequência nacional, de 4,23, e internacional, de 3,70, para o setor de alumínio.
ITM: Atualmente quais são os maiores desafios para manter a liderança e competitividade da CBA?
Alves: Temos uma estratégia que se provou vencedora desde 2015, quando foi desenvolvida, e cuja espinha dorsal não muda. Neste momento estamos em uma fase de baixa da commodity, o que é natural devido à característica cíclica de nosso mercado. Historicamente, os preços nem estão tão baixos. O problema são os custos de produção, que subiram muito nos últimos aos. Há também um cenário de possível recessão nos Estados Unidos e na Europa, que se soma à retomada menor que a esperada do mercado da China, responsável por cerca de 70% da oferta e demanda de alumínio no mundo. Por outro lado, o mercado brasileiro, que responde às flutuações do mercado global, tem se mostrado bastante resiliente. Nosso desafio, no curto prazo, é passar pelo momento atual. Mas o principal desafio ainda é o de executar integralmente nossa estratégia, modernizando a CBA, melhorando nossos indicadores e a eficiência do negócio e crescendo em reciclagem e em outros pilares, como os de sustentabilidade, transformação digital e inovação. Essas são as premissas fundamentais para nosso futuro.
Crédito Fotos: CBA/Divulgação
Perfil
Nasceu em: 26/11/1976, em São Paulo (SP)
Mora em: São Paulo (SP)
Trajetória acadêmica: Engenheiro de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduado em Administração de Empresas com especialização em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Desenvolvimento em Liderança pela Havard Business School
Trajetória profissional: Analista financeiro na Stratus Investimentos (1999 a 2002) e na FVF (2002 a 2004). Consultor na Roland Berger Strategy Consultants (2004 a 2007). Consultor de Desenvolvimento Corporativo na Votorantim Metais (2005 a 2008). Gerente de Desenvolvimento Corporativo na Votorantim Siderurgia (2008 a 2011). Gerente geral de Planejamento Estratégico na Votorantim Metais (2011 a 2015). Gerente geral de Finanças (2015 a 2016), CFO (2016 a maio/2023) e CEO da Companhia Brasileira de Alumínio – CBA (desde maio/2023)
Família: Casado, com um filho de 12 anos
Hobby: Cozinhar
Time de Futebol: São Paulo
Um mestre ou ídolo: Muito difícil. Todos que admiro como mestres foram importantes em momentos diferentes da minha vida
Maior decepção até hoje: Algumas no início de carreira, por
inexperiência, tomando decisões que não eram as melhores então. Por outro lado, foram as decisões que tomei que me trouxeram até aqui. Logo, é uma decepção que deu certo para mim
Maior realização até hoje: O trabalho na CBA, durante os últimos oitoanos da gestão de Ricardo Carvalho como CEO, me trouxe a maior realização profissional que já tive por termos levado o negócio para um outro patamar de competitividade e proatividade. Me orgulho muito desse tempo que passei junto dele
Um projeto: Fazer mais o que me dá prazer pessoal. Gosto de caminhar
e de viajar e conhecer lugares novos. Com meu filho pequeno fazíamos apenas viagens tradicionais para crianças. Agora, ele já quer conhecer lugares diferentes. Pretendo continuar a fazer essas viagens com minha família
Um “conselho” a jovens engenheiros de produção: Por minha trajetória pessoal, minha resposta tem menos a ver com o curso acadêmico e mais com a pessoa. Claro que é importante fazer um curso de que se gosta e estudar numa boa escola. Mas, mais importante é como a pessoa vai se portar quando se formar e qual trajetória irá escolher. Nesse sentido, a entrega é fundamental. A forma como a pessoa se entrega para a organização ou para um projeto. Conheci pessoas que estudaram em grandes escolas e eram muito inteligentes, mas estacionaram na carreira por não terem ímpeto para buscar algo mais, para tentar fazer algo além do esperado. Para isso é preciso gostar do que se faz e buscar a excelência nesse trabalho sempre