Com uma trajetória acadêmica brilhante, iniciada em uma escola pública e terminada com um doutorado no Lamont-Doherty Earth Observatory, da Universidade de Colúmbia (EUA), aos 22 anos, quando também ingressou como professor concursado de Oceanografia na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), ele acaba de ser aclamado para continuar como coordenador do PGGM (Programa de Geologia e Geofísica Marinha), pelos próximos dois anos.
O programa, que completa 50 anos de existência, reúne um grupo de mais de 500 pesquisadores e professores de instituições acadêmicas e fundações, além de representantes de ministérios e outros órgãos públicos vinculados às áreas de ciência, tecnologia, mineração e meio ambiente, entre outros que, como diz Marcelo Sperle Dias, “fizeram e fazem a história da Geologia e Geofísica Marinha do Brasil”.
Um país onde, segundo um mestre do oceanógrafo, o gigantismo terrestre é o maior problema para o desenvolvimento das ciências marinhas. “O Brasil vive de costas para o mar”, secunda o próprio Sperle, com um misto de ironia e decepção. Apesar de,
Que comprometem a soberania do Brasil em águas internacionais, afastam mesmo os investidores mais decididos e nos colocam em ampla desvantagem num cenário em que vários outros países já veem o mar como fonte de vida e gerador de riquezas e bens para o futuro da espécie humana.
Falta regulamentação ambiental e jurídica, faltam financiamentos e faltarão profissionais nesse horizonte – absolutamente próximo em termos geológicos – se a sociedade brasileira não deixar de ver o mar apenas de suas cadeiras ou casas de praia.
É disso e de muito mais que o professor Sperle, um carioca da gema, do samba e do mar, fala nesta entrevista exclusiva a In the Mine.
Faça aqui o download do pdf e leia na íntegra a entrevista publicada na edição 82 da revista In The Mine