Pesquisadores do Laboratório Nacional Oak Ridge (ORNL), ligado ao Departamento de Energia norte-americano, em parceria com o Laboratório Nacional Lawrence Livermore e a Eck Industries, desenvolveram uma liga de alumínio com cério, óxido de terras raras (OTR), com baixo custo de produção, alta maleabilidade, menor exigência de tratamento térmico e grande estabilidade sob altíssimas temperaturas. O material é indicado para a fabricação de modelos mais leves de motores de combustão interna ou como substituto de seus componentes de ferro fundido, caixas de transmissão e cabeçotes (foto).
Essa aplicação, se adotada em escala pela indústria de motores, tem ainda um ganho adicional: viabilizar economicamente a produção de terras raras. 0 cério juntamente com o lantânio – é o elemento de maior quantidade presente nesses minérios (três vezes mais que neodímio e 500 vezes mais que disprósio, utilizados na fabricação de Imãs) e, sem ter uma destinação industrial, geraria elevados volumes de rejeito. Para atender a apenas 1% da produção atual de ligas de alumínio, são necessárias 3 mil t de cério.