Durante o terceiro dia do VI Simexmin, as personalidades do setor reduziram um pouco as discussões sobre o Marco Regulatório, destrinchadas nos dois dias anteriores. Pela parte da manhã, foram apresentados alguns programas empresariais de exploração mineral. À tarde, houve uma discussão em relação ao mercado de commodities minerais e o posicionamento do Brasil.
Jones Belther, diretor de exploração mineral da Votorantim Metais, espera um ano muito melhor que 2013. Como objetivos da empresa, ele destacou a busca pela formalização de joint-ventures, com foco nos projetos de exploração no Brasil, Peru e Canadá. Belther detalhou o Projeto Aripuanã, no Mato Grosso, onde existe um depósito polimetálico, com predominância de zinco. Ele mencionou os problemas logísticos e de infraestrutura no local. A operação é de uma joint-venture com a Karmin Exploration.
Franco Bazzon, gerente de exploração da Yamana Gold, começou dizendo que o Projeto Fazenda Brasileiro foi a porta de entrada para a empresa no País. O foco do discurso foi a aquisição da Osisko Mining, que vai gerar um aumento de produção da Yamana. A priorização da empresa será por projetos que aumentem o fluxo de caixa, especialmente próximos às unidades em operação. Bazzon contou que a diretriz para este ano no Projeto Pilar é testar o minério de alto teor.
Manoel Barretto, diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), confirmou os investimentos no programa de levantamentos aerogeofísicos, o que ele considera um dos trabalhos mais importantes dos últimos tempos no mundo. O CPRM está trabalhando com novas formas de geofísica, fazendo diversos voos. Até o fim deste ano, espera concluir mais 16 projetos. Ano passado, os investimentos nessa área foram os maiores da última década, ultrapassando a marca de R$ 60 milhões.
Hélio Diniz, diretor-administrativo da Forbes Manhattan, comentou sobre os projetos de diversas empresas do Grupo, como a Belo Sun, Potássio do Brasil e Águia Metais. Ele lembrou alguns números como os mais de 1100 alvarás de pesquisa e requerimentos do grupo no Brasil e a expectativa de emissão de R$ 484 milhões em ações nos anos de 2013 e 2014 no País.
Rafael Avena Neto, diretor técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), fez menção ao ponto de partida da CBPM que utilizava o simples conhecimento geológico. Os bons resultados surgem também por conta das parcerias com a iniciativa privada, para dar prosseguimento aos projetos descobertos pela companhia. Uma das últimas descobertas da CBPM foi o ferro de Paratinga, no centro-oeste da Bahia, minério compacto com teor médio de 44%.
Frederico Marques, da McCarthy Tétrault, não quis entrar no mérito da discussão do Marco Regulatório. No entanto, quis deixar como conselho para o setor que se espelhe no modelo canadense. Ele fez questão de ressaltar que a quantidade de empresas brasileiras de mineração nas Bolsas de Toronto (TSX/TSXV) é menor do que em países como a Argentina e o Peru.