O talk show “Cenário macroeconômico e político” marcou a solenidade de inauguração da EXPOSIBRAM 2022, ontem, 12 de setembro. “Que este seja o grande marco da EXPOSIBRAM 2022. Que esta venha a ser a lembrança deste encontro: estarmos juntos, estarmos vivos e de reforçar o nosso compromisso com a vida, que é também um compromisso com a natureza porque dela somos parte, assim como ela é parte de nós”, afirmou o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann:
“Que a mineração, a cada dia, se torne um símbolo deste compromisso, de um país mais justo, humanitário, com progresso e riqueza para todos, com democracia. Esta é a marca que queremos para este reencontro, um feliz reencontro”.
Para cumprir esta jornada de associar cada vez mais a mineração à promoção da qualidade de vida, tanto Jungmann quanto executivos de mineradoras ressaltaram a necessidade de o setor cumprir à risca as boas práticas em ESG. O IBRAM e as mineradoras associadas, lembrou Raul Jungmann, estruturam e já assinalam avanços na chamada Agenda ESG da Mineração do Brasil. É um conjunto robusto de compromissos, metas, indicadores e ações setoriais para tornar esta indústria mais segura, sustentável e responsável com as pessoas e o meio ambiente. As metas estabelecidas foram anunciadas em outubro de 2021, quando foi lançada a Agenda ESG.
O presidente do Conselho Diretor do IBRAM e CEO da Anglo American no Brasil, Wilfred Bruijn, lembrou no talk show que sua companhia tem uma presença marcante e grande participação na economia e na vida das comunidades próximas às operações.
“Nós chegamos como hóspedes (das comunidades no início dos projetos) e temos que ‘bater à porta’ dessas pessoas com muita humildade, muita gentileza, com muito respeito e buscar, desde o primeiro momento, um diálogo e, acima de tudo, gerar uma relação de confiança. Isso é a base de tudo e ela só se desenvolve com nossas ações, atitudes e transparência, para construirmos essa relação de confiança”.
Ele lembrou que é importante que as mineradoras estejam de portas abertas para as comunidades, ou seja, não há o que se esconder. “Devemos mostrar como a atividade mineral se dá, quais as ações que podemos fazer para melhorar a vida das pessoas nessas comunidades de forma genuína, como no campo de educação, no desenvolvimento de negócios, ou em outras áreas”.
Segundo Ana O’Farrill, Diretora de Joint Ventures e Country Manager Brasil da Rio Tinto, o relacionamento com as pessoas é estratégico no setor mineral. A empresa, disse, se reinventou, revigorou seu propósito junto às comunidades:
“Buscamos ter um olhar estratégico, em que as comunidades façam parte das nossas operações; que elas vejam um benefício social, de desenvolvimento, de progresso humano que a mineração pode trazer, em especial em locais remotos”.
Alexandre D’Ambrosio, Vice-presidente de Assuntos Corporativos da Vale, iniciou sua participação no talk show apresentando o lamento da companhia pela tragédia ocorrida em Brumadinho (MG), em 2019, e reforçou o compromisso da Vale em promover as reparações dos danos e atuar para ser cada vez mais segura, sustentável e responsável com as pessoas e o meio ambiente.
O executivo disse que “o Brasil é um país de mineração, isso faz parte da nossa história, do nosso futuro:
“E com o novo ciclo de desenvolvimento, o país precisa olhar para a mineração como agente fundamental de geração de riqueza e de transformação do próprio país. A mineração precisa colocar as pessoas, a segurança, as práticas ESG no centro das estratégias e ações”.
Avanços do setor mineral na Agenda ESG
Na semana passada, o IBRAM divulgou os principais resultados relativos ao balanço da Agenda ESG da Mineração do Brasil, entre os quais, se destacam: as mineradoras ampliaram em 85% seu engajamento à Agenda ESG; foi mapeada, em mais detalhes, a presença de mulheres e de pessoas com deficiência nas empresas; novas metas setoriais foram incorporadas à Agenda ESG, como a de elevar em 53%, até 2030, o investimento em P&D Tech, e em 15% o consumo de energia junto a fontes renováveis.
“Este esforço setorial busca mostrar onde está o setor mineral e onde ele quer chegar; para que todos possam saber como está a mineração do Brasil em termos de sustentabilidade, de compromisso com as boas práticas, com o meio ambiente e com a sociedade”, disse Raul Jungmann.
Jungmann assegurou que a indústria da mineração “está comprometida com a profunda transformação da indústria, tanto nos seus processos quanto nas suas técnicas e relações com as pessoas e com a natureza. Reconhecemos a nossa relevância e a importância das comunidades onde estamos inseridos e trabalhamos duramente, no sentido de buscar uma maior sustentabilidade do setor. Isso quer dizer que temos preocupação com o meio ambiente, com a licença social para operar, com a governança e as boas práticas”.
O Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, participou do talk show via online. O encontro foi medidado pelo professor Cláudio Boechat, da Fundação Dom Cabral. Corrine Ricard, Presidente da Mosaic, encaminhou pronunciamentos em vídeo para este encontro.