Empresa australiana, que irá iniciar operações de nióbio e terras raras em Araxá (MG), irá investir R$ 2 bilhões em Araxá em projeto focado na demanda de minerais para a transição da matriz energética
A St George Mining Limited assinou, em (30/10), um Memorando de Entendimento com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), representada pelo Instituto Integrado de Desenvolvimento Econômico (Invest Minas), durante a International Mining and Resources Conference (IMARC) in Sydney, Australia
Listada na Bolsa de Valores de Sydney, na Australia, a companhia desenvolve um portfólio de projetos em solo australiano para atender a demanda por metais essenciais para energia limpa, contribuindo para o Net Zero. No Brasil, a St George adquiriu, recentemente, a operação para produção de nióbio e elementos de terras-raras (ETR), em Araxá, Minas Gerais.
“Chegamos com a proposta de um modelo de negócio dinâmico na mineração, com as melhores práticas sustentáveis de produção e gestão. Estamos dando a largada com o compromisso de atuar de maneira conjunta com o estado e com a cidade de Araxá”, afirma Thiago Amaral, diretor de ESG e desenvolvimento técnico da St George – Projeto Araxá. O investimento para construção, desenvolvimento e produção está estimado em cerca de R$ 2 bilhões. Além disso, a companhia se compromete a contratar fornecedores e talentos locais.
St George Mineração Mining
A companhia desembarca em Araxá conciliando a experiência, o acesso as tecnologias internacionais e as melhores práticas de ESG ( Ambiental, Social e Governança) com o vasto conhecimento das peculiaridades da mineração de nióbio na região de Araxá.
Com sede na cidade australiana Perth, renomado centro internacional da mineração, a St George Mining conta com executivos referência na exploração, do processamento de minerais e um time especialista em mercado de capitais. A companhia conta ainda com a presença Adolfo Sachsida, como assessor do seu conselho de administração para os assuntos relacionados com o Projeto Araxá. Sachsida tem ampla experiência nos setores governamental, regulatório e empresarial no Brasil, ocupou cargos, como: ministro de Minas e Energia, secretário-chefe de Assuntos Econômicos do Ministério da Economia e foi ainda secretário de Política Econômica do Ministério da Economia.
Já no Brasil, a operação de Araxá, será conduzida pelo engenheiro Thiago Amaral, que atuou na liderança da CBMM, em Araxá, maior produtora mundial de nióbio, além de ter passagem pelas empresas Itron e Cargill. Também tem a consultoria do Adriano Rios, que foi diretor de operações da Comipa, uma espécie de joint venture da CBMM e a Codemig, além de gerenciar as etapas de produção mineral de nióbio e compor o time que desenvolveu o processo produtivo de terras raras na CBMM. Juntos, os dois executivos acumulam o conhecimento de mais de 40 anos de experiência em todas as etapas do mercado de nióbio.
A companhia deu início as etapas de licenciamento e outras atividades necessárias para a operação e desenvolvimento da mina na cidade de Araxá. Nesta etapa, conta com o apoio da Invest Minas, conforme o memorando de entendimento. A meta é atingir uma capacidade de aproximadamente 20.000 toneladas anuais de produtos de nióbio e terras raras. As estimativas estão sujeitas a viabilidade dos programas de exploração e desenvolvimento.
Foto: Renee Nowytarger