O CEO da Mineradora SRN, Marcelo da Silva Prado, recebeu ontem (25/8), licença prévia ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí para extração de minério de ferro no Estado. O empreendimento alcançará os municípios de Dirceu Arcoverde, São Raimundo Nonato e São Lourenço do Piauí.
A fase inicial do projeto compreende a extração de cerca de 300 mil toneladas de minério de ferro por ano, sendo que a capacidade alcançará de forma escalonada 2 milhões de toneladas/ano. A planta-piloto vai gerar mais de 400 empregos diretos, chegando a mais de 2 mil diretos e indiretos. Com o recebimento da licença, o projeto será executado em um período de 8 a 12 meses. “O minério produzido terá um teor de ferro superior a 64% (premium), com baixíssimos contaminantes. Inicialmente será oferecido no mercado interno e posteriormente exportado”, afirma Prado.
Rota de processo diferenciada
Marcelo da Silva Prado diz que a SRN desenvolveu uma rota de processo ousado para esse empreendimento no Piauí. Ele explica que a a extração será totalmente a seco, feita simplesmente por separação magnética. A magnetita pura – minério da região – será moída e separada pelo magnetismo, tecnologia considerada sustentável e inovadora, por não causar danos ao meio ambiente. O sistema adotado não utilizará a escassa água do local e não causará nenhum impacto ambiental. Não teremos barragem de rejeitos”. O transporte do minério será feito exclusivamente por rodovias, por enquanto, por meio de caminhões.
Quem é a SRN Mineração
A SRN Mineração foi constituída entre 2008 e 2009 por meio da associação de várias pessoas que tinham direitos minerários na região de São Raimundo Nonato (PI), mas não tinham capital para desenvolver projetos. Ela é formada, de acordo com Prado, por 5% de capital estrangeiro e 95% de sócios locais, como pessoas físicas e empresas de investimentos. Prado afirma que, “a empresa tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento de projetos de mineração de forma ambientalmente sustentável, gerando benefícios econômicos e sociais”.