Entre os dias 27 de maio e 01 de agosto, a Mineração Rio do Norte – MRN, produtora de bauxita, concluiu a implantação do projeto Orchestra, que utiliza o software homônimo, criado para identificar gargalos na mina, propondo soluções, além de simular cenários futuros para a operação e avaliar o melhor aproveitamento dos ativos disponíveis. “Buscamos com o Orchestra ampliar o poder de análise da operação, utilizando o banco de dados do sistema de gerenciamento de frota e segmentando os dados por trecho, operador, modelo de equipamento, turno ou range de horário”, explica Antonio Medeiros Silva, coordenador do Centro de Operações Integradas – COI da mineradora (veja matéria no Especial Inovação-Processos desta edição).
O Orchestra foi realizado por uma equipe multidisciplinar da MRN, formada por engenheiros das áreas de Planejamento de Lavra, Planejamento e Controle de Produção, Operação de Mina e Tecnologia da Informação.
Segundo Matheus Vargas, engenheiro sênior, que participou dessa equipe, todo o trabalho foi feito de forma remota e não implicou em novos componentes ou alterações na infraestrutura da mina. “A área de TI espelhou o banco de dados do sistema de gerenciamento de frota para evitar sobrecargas e interferências no ambiente produtivo e suas conexões durante as consultas”. Com isso, o software foi conectado ao novo banco de dados. Para o uso do software foram feitos treinamentos durante três dias, com carga horária de 12 h para cada uma das duas turmas responsáveis pelo novo sistema.
A fase atual do projeto é de desenvolvimento, para o dimensionamento dos equipamentos otimizados buscando melhorias de performance e retirando gargalos de produção, considerando as simulações realizadas pelo software. “Estamos avaliando propostas para otimizar a produtividade da frota de transporte, como o alargamento de acessos, relocação da leira central e sua substituição por guard rail, por exemplo”, explica Vargas. Também há um estudo para aumentar a eficiência do sistema de britagem, considerando alterações no ciclo dos equipamentos e a utilização de estoques. “Para além da maior produtividade, nossa expectativa é de redução de custos operacionais e elaboração de planos de lavra e produção mais aderentes”, conclui o engenheiro.
Foto em destaque: Simulação de operação na mina pelo Orchestra
Fotos: MRN/Divulgação