SGB/CPRM REVELA OS DETALHES DO PROGRAMA URÂNIO DO BRASIL

SGB/CPRM REVELA OS DETALHES DO PROGRAMA URÂNIO DO BRASIL

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) participou dia 29 do Nuclear Trade & Technology Exchange (NT2E), evento coordenado pela Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN). A empresa pública, ligada ao Ministério de Minas e Energia, aproveitou o maior evento brasileiro do setor nuclear para apresentar o Programa Urânio do Brasil.

O SGB/CPRM foi representado pelo seu Diretor de Geologia e Recursos Minerais, Marcio Remédio, durante o painel “Mineração e Combustível”, que tinha como assuntos o Mercado Mundial, perspectivas para a produção de concentrado e pesquisas geológicas relacionadas ao urânio.

País pode se tornar uma potência no setor

Segundo Remédio, o Brasil dispõe de um grande potencial na área. “O mercado mundial de urânio vem crescendo cada vez mais ao passo que mais empresas e países buscam novas matrizes energéticas alternativas, o que coloca a temática como de suma importância para o Brasil”, avaliou.

Ele apresentou o programa brasileiro sobre o minério e disse que o país pode se tornar uma potência no setor, uma vez que pode vir a ter um dos maiores estoques de recursos de Urânio. “O fato de contar com poucas áreas mapeadas e um vazio de informações faz com que o país seja praticamente inexplorado para o setor de Urânio”, acrescentou.

Fatores centrais do Programa da SGB/CPRM

Nos próximos 10 anos, o programa buscará novos investimentos e recursos para a exploração de regiões em busca de grandes depósitos. O geólogo acredita que os principais depósitos de baixo custo e tonelagem alta possam estar na América do Sul, especificamente no Brasil. “O programa tende a fazer uma avaliação do potencial de exploração do mineral, delimitar as principais áreas da exploração e estimular a mesma com dados assertivos e reduzindo riscos da exploração”, concluiu Remédio.

O programa foi desenvolvido pela Divisão de Geologia Econômica, liderada pelo pesquisador Felipe Mattos Tavares, por meio do uso de técnicas de modelamento de potencial mineral em escala continental e uso de machine learning, com a participação dos pesquisadores Hugo Polo e Raul Meloni, Eduardo Marques, Bruno Calado (Divisão de Geoquímica), Isabele Serafim e Iago Costa (Divisão de Geofísica). O projeto atende a uma demanda do Ministério de Minas e Energia para ampliar o conhecimento sobre o potencial do urânio no Brasil.

estimativas potencial de uranio
Estimativa de áreas com maior potencial 

Participaram do debate, representantes da Nuclear Trade & Technology Exchange, que é considerada o maior evento brasileiro do setor nuclear. A ABDAN tem como principal missão promover o desenvolvimento e aplicação da tecnologia nuclear no Brasil. Também estiveram presentes no evento David Doerksen (Vice Presidente de Marketing da Cameco), Rogério Mendes Carvalho (Diretor de Recursos Minerais no INB) e Rodolfo Galvani Júnior (acionista na Galvani Indústria Química). O painel foi moderado por Lília Mascarenhas Sant’Agostinho, secretária adjunta de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia.

Maiores informações no site oficial do NT2E (Clique Aqui)

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