SEIS ANOS DE MINESTAR NA MINA DA KINROSS

SEIS ANOS DE MINESTAR NA MINA DA KINROSS

Em agosto de 2015, a Kinross iniciava a implementação do sistema MineStar na mina Morro do Ouro, em Paracatu (MG). Ferramenta de gestão integrada, a tecnologia permite o monitoramento e otimização do desempenho das frotas de perfuração, carregamento, transporte e infraestrutura da mineradora.

Os controles, em tempo real, se estendem a indicadores de ciclo e eficiência dos equipamentos, como a utilização física e disponibilidade, apontamentos de manutenção, atrasos operacionais, telemetria, qualidade do material e precisão dos projetos. “A análise desses dados permite estudos robustos e sustenta ações de melhoria no processo de produção além de suportar decisões operacionais e estratégicas de curto e longo prazo da empresa”, explica Marília Santos, engenheira plena de Mina da Kinross.

Marília Santos, engenheira plena de Mina da Kinross
Marília Santos, engenheira plena de Mina da Kinross

O MineStar foi configurado para operar no modo Fleet, sendo embarcado em 35 caminhões 793D Caterpillar, e no modo Terrain, atendendo a quatro escavadeiras – três elétricas e uma mecânica -, três carregadeiras 994F Caterpillar e a 10 tratores de esteiras.

Em 2020, a Kinross adotou outra plataforma digital – o Work Order -, sistematizando as ordens de serviço de suas áreas de manutenção (Saiba mais na parte final deste texto).

Gestão e benefícios

A operacionalização do MineStar depende de uma rede Wireless robusta, confiável e com capacidade de suportar a transmissão de dados do sistema, aliada aos hardwares embarcados nos equipamentos. Sua gestão é feita por meio de três servidores: um servidor de aplicação, que gerencia os projetos, as classes de equipamentos e os controladores de despacho; um servidor de banco de dados SQL Server e um terceiro para relatórios, todos hospedados em um cluster de servidores em ambiente VMware.  Por meio da plataforma BOE/BI SAP Business Objects são consolidados os relatórios de KPIs de otimização do sistema. A consolidação de produtividade ocorre hora a hora, permitindo a imediata tomada de decisões.

O sistema dispara alertas, em tempo real no caso de inconformidades, como equipamento fora de curso no trajeto; abuso de mudança de marcha; excesso de velocidade e de carga; controle de massa disponível no modelo de blocos; e nível de combustível. Ao receber o alerta, o controlador de despacho orienta o operador sobre a melhor ação a ser tomada, até mesmo a de parada para manutenção, se for o caso.

Junio Sobrinho, supervisor de Tecnologia de Mina da Kinross

Passados seis anos da adoção da ferramenta, os principais ganhos registrados, segundo Junio Sobrinho, supervisor de Tecnologia de Mina da Kinross, foram: o monitoramento da situação e condições dos equipamentos em tempo real; ganhos de qualidade e confiabilidade das informações para as áreas de planejamento de lavra; ganhos na performance topográfica da área de operação e melhoria dos KPIs operacionais. Também foram verificados o aumento na aderência das atividades executadas aos parâmetros planejados e da eficiência operacional, segurança e produtividade, com redução dos custos operacionais.

Um exemplo de aumento de eficiência é o dos caminhões 793D – cerca de 10%. Além disso, a combinação do sistema de telemetria à expertise da engenharia de manutenção da mina, diz Marília, fez com que essa frota alcançasse uma disponibilidade física superior a 80%. A automação também otimizou o nivelamento das praças de desmonte de rocha.

Tela do Sistema Fleet do MineStar, para caminhões
Tela do Sistema Fleet do MineStar, para caminhões

Foto ano destaque: Operação de escavadeira elétrica monitorada pelo Sistema Terrain  

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Uso de tablet no atendimento a OS: ganhos de tempo e eficiência

Digitalização de ordens de serviço otimiza manutenção

Outra plataforma digital – a Work Order (WO) – foi implantada pela Kinross em 2020. A solução visa mobilizar e digitalizar os processos das ordens de serviço de manutenção, eliminando papeis e reduzindo o retrabalho e os atrasos no lançamento das informações no sistema. A ferramenta utiliza um servidor de aplicação e uma base de dados, integrados ao sistema de manutenção, tablets e uma rede wi-fi, explica Lucas Piau, chefe de Tecnologia da Informação da Kinross.

Lucas Piau, chefe de Tecnologia da Informação
Lucas Piau, chefe de Tecnologia da Informação

Por dia, são emitidas entre 4 e 5 mil OS para manutenções preventivas e corretivas. Antes do WO, elas eram geradas em papel pelos programadores, impressas, separadas e distribuídas para as equipes. “Uma vez preenchidas pela equipe de campo, eram escaneadas e tinham seus dados digitados e inseridos no sistema pelos programadores. Com a digitalização do processo, o empregado recebe a ordem via tablet, preenche, fotografa e envia as informações diretamente no sistema”, conta Felipe Sousa, chefe de Planejamento de Manutenção da Kinross.

Para Piau, a dinâmica anterior era mais susceptível a falhas, como a de visualização imperfeita dos documentos, e delays no registro causados pelo tempo consumido no lançamento das informações. Outros ganhos incluem a redução de documentos impressos; do tempo para baixa semanal das WO pelos programadores e de follow up de conclusão das tarefas (apontamento hora a hora com reports diários aos supervisores), além da maior aderência dos apontamentos h/h nas OS.

Felipe Sousa, chefe de Planejamento de Manutenção da Kinross
Felipe Sousa, chefe de Planejamento de Manutenção da Kinross

Hoje, todas as OS já nascem como uma WO criada no status 01, trabalhada pelo planejamento até o status 45, liberada para execução no status 55 e encerrada no status 80, diz Sousa. As programações são definidas em reuniões semanais, quando se discute as demandas e é estabelecido o plano de execução da semana seguinte.

Após programadas, as OS são geradas e liberadas para execução na sexta-feira da semana anterior à programada. A execução pode entregar as ordens diariamente ou, no máximo, até a terça-feira da semana seguinte ao seu atendimento. Todas trazem dados de apontamento de horas e observações feitas em campo pela execução. Essas informações são tratadas pelo programador e inseridas no sistema no momento da baixa.

Atualmente, a gerência de Manutenção da Kinross conta com as áreas de Oficina de Equipamentos Móveis (214 empregados) e de Manutenção Industrial (278 pessoas), ambas compostas pelos departamentos de Planejamento e de Execução.

 

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