RISCOS E OPORTUNIDADE NO SETOR DE MINERAÇÃO E METAIS

RISCOS E OPORTUNIDADE NO SETOR DE MINERAÇÃO E METAIS

Agenda de capital, sustentabilidade e inovação foram alguns dos destaques do lançamento da edição de 2025 do estudo “Top 10 business risks and opportunities for mining and metals” desenvolvido pela EY, uma das principais consultorias e auditorias do mundo. No recorte Brasil do estudo, aumento de custos e produtividade; esgotamento de recursos e reservas; e geopolítica foram o top 3.

Os demais são: meio ambiente, mudanças climáticas, capital, licença para operar, digital, força de trabalho e novos projetos. “Os principais temas destacados pelo estudo tanto no Brasil quanto no mundo tem muita sinergia, o que reforça que estamos alinhados com outras nações relevantes para a mineração e mostra a maturidade e potencial de protagonismo do nosso mercado”, afirma Afonso Sartorio, líder de Energia e Recursos Naturais da EY.

O evento, que contou com apoio do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), trouxe debates sobre temáticas apontadas na pesquisa pela perspectiva de importantes players do mercado: Marcelo Klein, Diretor de Gestão de Territórios da Vale, Angela Vasconcelos, Vice-presidente de Finanças e Administração da Equinox Gold, Carlos Mello Junior, Diretor Superintendente da CSN Mineração e o Deputado Federal Zé Silva, Presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável.

“O cenário apontado pelo estudo é muito importante porque vai nos colocar de frente com os riscos e oportunidades globais para a mineração e que gravita com diversos temas extremamente relevantes para o desenvolvimento do setor, que é fundamental para a humanidade e para o futuro”, afirma Raul Jungmann, presidente do IBRAM.

Pautada pela agenda de capital, somada aos custos das operações e busca pela produtividade, Angela Vasconcelos reforçou a importância do planejamento. “É fundamental ter disciplina e um planejamento robusto para conseguir trazer uma análise mais estratégica para o negócio, além de evoluir para uma agenda de riscos. Temos que trazer perguntas para o debate, como “qual é o custo da reserva” ou “faz sentido juntar operações? e, por fim, unir a pauta de capital com o life of mine”.

“Outro ponto fundamental é investir na capacitação dos colaboradores. Profissional mais capacitado é mais produtivo e reduz custos. Além disso, quanto mais a companhia conseguir investir nessa capacitação aliada a estudos e adoção de novas tecnologias como a Inteligência Artificial, melhor. Essa dupla é primordial para os negócios: pessoas e inovação”, afirma Carlos Mello Junior.

A agenda de sustentabilidade, impulsionada pela COP 30, que acontecerá no Brasil em novembro deste ano, também foi tema importante do debate. O deputado federal Zé Silva corrobora que “é possível uma mineração sustentável, e ela é baseada em dois pilares: ciência e boas práticas de implementação. E a COP é uma oportunidade do Brasil ser protagonista”.

Já Marcelo Klein reforça também a importância da circularidade. “O mundo não cabe mais dentro dele mesmo. Com isso, cada ação tem que ser pensada. Hoje, com o advento da inovação, conseguimos recuperar diversos itens antes considerados como rejeitos, fazendo com que algo que seria problema vire um novo produto”, afirma.

“Quanto mais conseguirmos integrar inovação e sustentabilidade, melhores serão os resultados e impactos positivos do setor para a sociedade e demais stakeholders”, finaliza Sartorio.

Foto: Da esq para dir: Marcelo Klein (Vale), Angela Vasconcelos (Equinox Gold), João Brito (EY), Afonso Sartorio (EY), Elanne Almeida (EY), Carlos Mello (CSN Mineração), Dep. José Silva e Rinaldo Mancin (IBRAM) – (EY Divulgação)

 

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