Os pouco mais de seis meses que se seguiram ao anúncio da conclusão do escopo otimizado e do plano de execução do projeto Araguaia, foram consumidos pela Horizonte Minerals em uma extensa agenda de preparativos para iniciar a construção do empreendimento. A mineradora concluiu licitações de cerca de US$ 230 milhões para a aquisição de equipamentos e contratação de serviços essenciais.
Entre os equipamentos de processo incluem-se britadores, correias transportadoras, secadores, fornos elétrico e rotativo, sistema de transferência de calcina, coletores de pó e componentes da refinaria. Na área de serviços foram contempladas as obras de terraplenagem, infraestrutura, construções temporárias e obras civis, assim como a instalação de uma linha de energia terrestre e a infraestrutura elétrica principal do projeto.
Na área de pessoal, ia Horizonte nomeou em primeiro de março Michael Drake como diretor de Projetos. Desde então, o executivo dedica-se a formar a equipe de execução contratando gerentes de controle, contratos e aquisições, recursos humanos, relações industriais e de construção, além de complementar as equipes ambiental e de licenciamento existentes no escritório da empresa em Belo Horizonte (MG).
De seu lado, a equipe de sustentabilidade reduziu ainda mais os riscos do projeto, concluindo uma série de planos de gestão para garantir sua conformidade com os Princípios do Equador e com os Padrões de Desempenho da Corporação Financeira Internacional (International Finance Corporation, IFC). Um conjunto de planos de controle socioambiental foi desenvolvido como parte das licenças ambientais de construção do projeto e vários programas já foram iniciados, como os de reassentamento de moradores locais, comunicação social e melhorias de segurança para comunidades escolares localizadas ao longo da rodovia PA-449, além da Agenda de Desenvolvimento Local.
A empresa também obteve a aprovação de uma linha de crédito sênior, de até US$ 325 milhões, para financiamento do projeto, que deve ser liberada no terceiro trimestre de 2021 por um consórcio internacional de cinco instituições financeiras.
Sediado em Carajás, no Pará, o Projeto Araguaia terá capacidade instalada para produzir cerca de 900 mtpa de minério seco e 52 mtpa de ferroníquel contendo 14,5 mtpa de níquel. O estudo de viabilidade do empreendimento prevê a instalação de uma segunda planta de beneficiamento que dobraria a capacidade de produção inicial, considerando recursos minerais suficientes para estender sua vida útil estimada em 28 anos de operação.