A mineradora canadense Ero Copper anunciou a primeira produção de concentrado de cobre vendável do Projeto Tucumã, localizado na cidade homônima, no Pará, e gerenciado por sua subsidiária EroBrasil. O marco, alcançado em 18 de julho de 2024, é resultado do cumprimento de sucessivas etapas pré-operacionais da futura mina realizadas neste ano.
Em março passado foi concluída a instalação e o comissionamento dos sistemas de britagem, composto por britadores primário, secundários e terciários, e de peneiramento e transporte. No mês seguinte, abril, foi concluído o pré-desmonte da mina e iniciada sua operação completa. Em meados de junho houve a primeira alimentação de minério nos circuitos de moagem e flotação, seguida do primeiro lote de produção de concentrado de cobre, em 24 de junho de 2024. Em 07 de julho foi concluído o primeiro turno de 24 horas de operações contínuas do moinho, culminando com a primeira produção de concentrado de cobre vendável, em 18 de julho. A empresa espera atingir níveis de produção comercial, equivalentes a 80% da capacidade da moagem e a 80% das taxas de recuperação de projeto, até o final do terceiro trimestre de 2024.
“Produzir nosso primeiro concentrado de cobre vendável no Projeto Tucumã e concluir com sucesso o primeiro turno de 24 horas de operações contínuas de mineração e moagem são marcos importantes à medida que iniciamos nossa aceleração em direção à produção comercial”, disse David Strang, CEO da Ero Copper. O executivo afirmou que o projeto progride rapidamente em direção a um importante ponto de inflexão para uma produção consolidada de cobre e fluxos de caixa, num momento que os preços do minério apresentam um bom desempenho no acumulado do ano.
“Gostaria de estender meus parabéns a toda a nossa equipe, desde a liderança sênior até nossas equipes de construção e comissionamento, bem como nossos parceiros de contratação, engenharia e cadeia de suprimentos. Seu excelente trabalho na construção de Tucumã – concluído no prazo, sem ferimentos ou incidentes ambientais e dentro da linha de visão do orçamento original do Projeto – é louvável”, acrescenta Strang. Ainda, segundo ele, Tucumã foi projetado, construído e gerenciado pela equipe brasileira de Engenharia, Aquisição e Gestão de Construção da Ero, com aproximadamente 85% dos gastos de capital feitos no Brasil. “Essa conquista é uma prova da profundidade e força técnica dos talentos e recursos de mineração e desenvolvimento de projetos disponíveis no Brasil”, finaliza o CEO.
Em entrevista exclusiva à revista In the Mine, na edição 108, Thiago de Assunção Costa, engenheiro mecânico, diretor de Projetos da EroBrasil e responsável pela implantação do projeto Tucumã, diz que a planta de beneficiamento da mina tem capacidade para 4 Mtpa, com vida útil hoje estimada em 12 anos e grande potencial para sua extensão considerando o potencial de minério inferido existente no depósito, que ainda será sondado transformando-se em recursos medidos e inferidos para posterior lavra. É possível, ainda, que além da mina a céu aberto seja desenvolvida mais à frente uma operação subterrânea.
Tucumã teve investimentos de cerca de US$ 305 milhões, com custos de operação em torno de US$ 18,6 por tonelada processada, como estimado no Estudo de Viabilidade apresentado em 2021. A produção média de concentrado de cobre ficará entre 40 e 45 mtpa (veja entrevista completa em https://www.inthemine.com.br/site/um-engenheiro-mecanico-prepara-a-entrega-de-tucuma/).
Foto: Vista aérea da mina, com pré-desmonte concluído e lavra iniciada (EroBrasil/Divulgação)