A mineração é um dos setores da economia que mais investe em inovação, sustentabilidade e na melhoria de processos. Um exemplo disso será apresentado no estande da Potássio do Brasil, que está sendo montado na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram) deste ano. A empresa está investindo na técnica de engenharia sustentável no empreendimento, que extrairá e produzirá o Cloreto de Potássio – matéria-prima na fabricação de fertilizantes –, no município de Autazes (AM), a 112 Km de Manaus.
De acordo com Adriano Espeschit, presidente da Potássio do Brasil, o Projeto Potássio Autazes usará um método de extração da Silvinita, rocha composta de Halita (Cloreto de Sódio, mais conhecido como sal de cozinha) e do fertilizante Silvita (Cloreto de Potássio), que não causará danos ao solo da superfície e nem ao meio ambiente.
Toda a operação de extração será realizada utilizando o método de câmaras e pilares. Para a retirada do minério que está a cerca de 800 metros de profundidade, será necessária a escavação de dois poços profundos por onde o minério Silvinita será trazido para a superfície, beneficiado e o Cloreto de Potássio (fertilizante) separado do Cloreto de Sódio (sal de cozinha).
Depois da separação do Cloreto de Potássio e do Cloreto de Sódio, o fertilizante será transportado em barcaças, a partir do porto privado previsto para ser construído pela empresa à margem do rio Madeira, de onde seguirá ao mercado consumidor do agronegócio brasileiro. “O Cloreto de Sódio será armazenado em local impermeabilizado para que o solo e o lençol freático não sejam contaminados, e, depois, vai retornar ao subsolo, preenchendo as câmaras abertas, ou seja, não haverá resíduos na superfície ao final da vida útil do Projeto”, esclarece o presidente da Potássio do Brasil.
Fase de licenciamento ambiental
O empreendimento, que atualmente está em fase de licenciamento ambiental, tem vida útil estimada em mais de 23 anos e colocará o estado do Amazonas no ranking de maior produtor do fertilizante no Brasil. Quando atingir a produção anual média de 2,4 milhões de toneladas de Cloreto de Potássio, a oferta deste insumo corresponderá a cerca de 20% do volume consumido no Brasil. Estudos preliminares indicam, entretanto, um potencial de aumento da capacidade de produção, podendo atingir até 45% das necessidades brasileiras.
Assim, a Potássio do Brasil ajudará a diminuir a dependência da importação deste insumo de outros países, como Canadá, Rússia, Bielorrússia, Alemanha e Israel. Vale ressaltar que, atualmente, o Brasil é o segundo maior consumidor de Potássio do mundo, mas produz apenas 5% de sua crescente demanda.
Uso racional do solo e área degradada
Outra inovação do empreendimento está no uso racional do solo, uma vez que não será realizado desmatamento significativo na região, tendo em vista que a área onde será implantado o Projeto Potássio Autazes foi degradada, anteriormente, por atividade agropecuária. “Por isso, não derrubaremos um hectare sequer. Autazes é conhecida pela cultura econômica de criação de gado e produção de leite. Portanto, já há uma área degradada que utilizaremos. Para a construção das nossas instalações na superfície não derrubaremos árvores”, afirma Espeschit. Isso se aplicará tanto às áreas de mineração como ao local onde será instalada a fábrica.
Ainda assim, a Potássio do Brasil tem o compromisso de reflorestar uma área dez vezes maior do que a que vai ocupar na superfície. Outro dado importante é que, após o fim da vida útil da mina de Autazes, a Potássio do Brasil assumiu o compromisso de retirar todas as instalações e reflorestar a área como parte do plano de fechamento da mina. Dessa forma, a empresa garante a conservação do solo e a preservação do meio ambiente, valores que fazem parte dos seus rígidos critérios de Meio Ambiente, Social e de Governança (ESG em inglês).
Quem é a Potássio do Brasil
A Potássio do Brasil é uma empresa brasileira privada, que atua na fabricação de fertilizantes e está presente na região amazônica desde 2009. Possui investidores brasileiros, ingleses, australianos e canadenses, com perspectivas de atração de mais investidores à medida que o projeto seja construído e entre em operação a partir da extração e tratamento do minério de potássio no Amazonas.
O Projeto Potássio Autazes está atualmente em fase de licenciamento ambiental junto ao órgão competente para licenciar empreendimentos no Amazonas, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O Projeto já possui a Licença Prévia (LP) e aguarda a Licença de Instalação (LI).