As telas utilizadas no processo de peneiramento de minérios e agregados eventualmente podem entupir, causando interrupções na produção e impactando a eficiência operacional. Mas por que isso acontece? De acordo com a Lantex do Brasil, vários fatores podem contribuir para essas ocorrências, por isso é essencial compreender as principais razões por trás desse problema.

O entupimento normalmente ocorre durante o processamento de materiais com alto teor de umidade, ou na escolha inadequada do tipo de tela utilizada. Outras situações também contribuem, como o peneiramento de material fino, devido à elevada quantidade de área superficial específica.

“O uso de telas metálicas, com fios muito espessos em relação à abertura da malha, e a aplicação de telas de borracha ou poliuretano, com design de malha sem ângulo de saída para passagem das partículas, também costumam causar entupimento, assim como fatores onde o material peneirado possui eletricidade estática”, aponta Vitor Diniz, gerente de assistência técnica da Lantex do Brasil.

Veja os motivos mais comuns:

1 – Obstrução por finos e partículas da classe crítica: Materiais finos e partículas de granulometria crítica (menos que 1,5 e maiores que a metade da abertura da malha) que possuem tamanho semelhante ao das aberturas das telas têm maior probabilidade de se acumular e obstruir os espaços entre as malhas. Isso acontece quando a alimentação contém quantidade significativa de finos ou há distribuição inadequada de tamanhos de partículas.

2 – Umidade e aderência: A presença de umidade nos minérios e agregados pode levar à formação de aglomerados ou ao aumento da aderência entre as partículas. Essa condição dificulta a passagem dos materiais através das aberturas das telas, resultando em entupimento.

3 – Conteúdo argiloso: Minérios e agregados com alto teor de argila são especialmente propensos a causar entupimentos nas telas. A argila tem uma capacidade natural de se aglomerar e aderir, formando obstruções que diminuem a eficiência do peneiramento.

4 – Desgaste e danos nas telas: Ao longo do tempo, as telas estão sujeitas a se desgastar devido ao atrito contínuo das partículas. Isso pode resultar em aberturas irregulares, rasgos ou danos nas malhas, o que facilita o entupimento.

5 – Problemas de alimentação: Uma alimentação inadequada ou desequilibrada pode causar sobrecarga nas telas. Um fluxo excessivo de material pode levar ao acúmulo e ao entupimento, enquanto uma alimentação insuficiente pode resultar em subutilização das capacidades das telas.

Previna-se

Vitor Diniz recomenda a realização de inspeções visuais durante o processo, para verificar se as telas metálicas estão bem tensionadas e não colidem contra o quadro do equipamento em operação. “Essa averiguação é importante, também, para observar se o arqueamento está adequado, se a superfície de peneiramento possui nivelamento correto e inclinação adequada, além de ajustes de amplitude e frequência dos equipamentos”.

Outra variável que influencia na performance do peneiramento é a condição meteorológica, pois o produto peneirado pode se comportar de forma diferente quando submetido à umidade provocada pelas chuvas em determinados períodos no ano. Nesse caso, é necessário utilizar telas autolimpantes, para melhorar a eficiência.

Algumas vezes, ocorre em uma mesma jazida frentes de lavra com materiais de características diferentes, o que influencia no peneiramento. Essa situação pode ser facilmente identificada por uma equipe atenta e bem treinada.

Saiba o que fazer, caso sua tela entupa:

• Analise o material que será classificado e selecione a tela apropriada para a operação. Se a tela entupir, é necessário avaliar se o tamanho de partícula do material peneirado está proporcional à abertura da malha. As características do material também são importantes: se for viscoso, irá aderir mais facilmente na tela e fará com que a eficiência seja menor.
• Ajuste adequadamente a amplitude e a frequência do equipamento.
• Quando a rigidez das telas metálicas, de borracha e em poliuretano convencionais impedir a passagem das partículas, opte por telas autolimpantes.
• Ao beneficiar ou classificar materiais com partículas finas, e o teor de umidade for superior a 5%, eles precisam ser secos, desidratados e depois classificados. Se a umidade for superior a 8%, o material deve ser lavado no processo de peneiramento com o auxílio de aspersores ou chuveiros.
• Materiais de características lamelares podem ficar “enroscados” mais facilmente na diagonal das malhas quadradas. Quando o material possuir essa caraterística, considere a possibilidade de alterar o formato geométrico das malhas das telas.
• Verifique se o tensionamento e o arqueamento das telas metálicas estão adequados. Se elas possuírem revestimentos de borracha ou poliuretano, observe se estão perfeitamente alinhados com as longarinas do quadro do equipamento.
• Quando utilizar sistemas modulares de troca rápida, averigue se os módulos possuem a área livre adequada para atender a expectativa de produção. Analise, também, se a velocidade com que as partículas passam pela superfície de peneiramento não é excessiva.

Quem é a Lantex

A Lantex do Brasil fornece de telas produzidas com diferentes tipos de materiais, que vão desde aço carbono ou inoxidáveis, até outras tecnologias, como poliuretano e borrachas especiais. Outro fator que pode auxiliar bastante é o formato geométrico das malhas – pode ser quadrado, retangular, triangular, redondo ou losangular.

“Oferecemos, inclusive, uma tecnologia mista, onde utilizamos telas metálicas para aumentar a área aberta das telas. Elas são montadas em um sistema modular de encaixe rápido, para que se reduza o tempo de equipamento parado e melhore a ergonomia da planta, otimizando as condições de trabalho da equipe de manutenção. Essas escolhas afetam diretamente no custo, eficiência e performance de peneiramento”, assinala Claudia Bolzan, diretora da Lantex do Brasil.