PERSPECTIVAS ECONÔMICAS E DE COMMODITIES DA BHP

PERSPECTIVAS ECONÔMICAS E DE COMMODITIES DA BHP

Análise divulgada pelo grupo BHP a seus investidores, em 27 de agosto, prevê um crescimento um pouco acima de 3% da economia global neste ano (2024), semelhante ao registrado em 2023, mas em um ambiente que combina condições financeiras mais favoráveis e inflação mais branda.

Os autores do estudo – Lee Levkowitz e Wenjun Bao, respectivamente VPs Interno e Externo de Análise de Mercado e Economia – acreditam que as principais economias continuem a divergir em suas perspectivas de crescimento, sendo que as dos países desenvolvidos terão menor frequência na adoção de taxas de juros mais altas; a China com recuperação desigual de seus setores de uso final; e a Índia mantendo-se como o país de crescimento econômico mais rápido. Os riscos geopolíticos devem permanecer elevados no curto prazo, segundo o relatório.

Os metais superaram as matérias-primas siderúrgicas em preço no primeiro semestre de 2024, enquanto o minério de ferro e o carvão siderúrgico, com cotações em declínio no primeiro trimestre do ano (1T24), têm sido negociados em faixas relativamente estreitas em relação a seu custo de produção. Por outro lado, o cobre registrou uma alta significativa em maio. De forma geral, dizem os analistas da BHP, a maioria das commodities tem queda de suas cotações devido às preocupações com a redução de sua demanda de uso final e ao aumento dos níveis de estoque.

A volatilidade nos mercados de commodities, diz o relatório, deve se manter pelos próximos 18 meses, diante da tendência geral de aumento de estoques em matérias-primas para siderurgia e indústrias não ferrosas. Com base em expectativas atualizadas para os saldos de oferta e demanda de curto prazo de commodities, a BHP diz esperar que o cobre refinado siga na direção de um superávit marginal, juntamente com uma situação de oferta muito estreita de concentrado de cobre. O superávit da oferta de níquel se manterá em níveis elevados e o do minério de ferro deve ser crescente no ano, provavelmente superando sua demanda em 2025. No caso dos carvões siderúrgicos marítimos, haverá um superávit moderado neste ano, embora a oferta de produtos com qualidade superior seja bastante menor no mercado como um todo. Já o potássio, cuja restrição de oferta em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia elevando suas cotações desde 2022, deve atingir um cenário de equilíbrio em relação à demanda.

Em médio e longo prazos, os analistas acreditam na elevação dos preços de cobre e em um ajuste das matérias-primas para fabricação de aço. No caso do minério de ferro devido principalmente à retomada da produção de aço na China, ao crescimento da capacidade produtiva do material na Índia e ao ingresso de novos participantes no comércio marítimo de minério de ferro. Já para o carvão siderúrgico devem pesar o desempenho operacional do produto de qualidade inferior na fabricação de aço e os esforços para a descarbonização da cadeia produtiva do aço. A demanda de potássio se manterá em alta, como resultado do aumento da população, melhoria da qualidade de vida e mudanças na dieta alimentar, afirma o estudo da BHP.

*O relatório completo pode ser acessado em https://www.bhp.com/investors/economic-and-commodity-outlook/2024/08/bhps-economic-and-commodity-outlook

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.