Em um de seus últimos atos como ministro da Casa Civil, publicado no Diário Oficial da União de 27 de julho, Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, agora chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, nomeou Pedro Paulo Dias Mesquita para o cargo de secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (SGM/MME).
Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mesquita foi analista de projetos na FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) entre 2010 e 2013, ano em que passou a exercer o cargo de economista do Departamento de Indústria de Base da Área de Insumos Básicos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O novo secretário da SGM possui pós-graduação em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e mestrado em Políticas Públicas, Estratégia e Desenvolvimento no Instituto de Economia da UFRJ.
A nomeação de Mesquita ocorre quase um mês após a exoneração, a pedido, do ex-secretário da SGM, Alexandre Vidigal de Oliveira, em 01 de julho. Ao contrário de Vidigal, juiz aposentado, Mesquita não é estranho às questões do setor de mineração, inclusive por sua atuação no BNDES. Em palestra (foto) durante a Exposibram 2019 – Exposição e Congresso Brasileiro de Mineração, promovidos pelo IBRAM (Instituto Brasileira de Mineração), o economista avaliou que o banco se ressentia da escassez de envio de bons projetos minerais para análise e afirmou que faltava uma interação maior entre o MME e o MCTIC.
No evento, Mesquita se comprometeu a propor ao BNDES a realização de ao menos dois encontros anuais com mineradoras de médio e pequeno portes, empreendedores e eventuais investidores em mineração. Essas reuniões teriam por objetivo difundir as ferramentas disponibilizadas pelo banco para o financiamento de projetos de extração mineral e de verticalização da produção mineral, em plantas já existentes ou de implantação futura no Brasil, em particular por empresas de pequeno e médio portes.
Jovem e adepto de novas tecnologias, o economista tem, agora, oportunidade de cumprir suas promessas: promover a maior interação entre os ministérios, incrementar o incentivo a bons projetos de mineração e atuar no financiamento de empreendimentos minerais de menor porte. A conferir.