A Plataforma de Mapeamento Geológico , lançada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) nesta semana, revoluciona o acesso aos dados de mapeamento geológico produzidos no país, de modo a contribuir para o desenvolvimento do setor mineral.
Com o novo sistema, o SGB garante maior transparência às atividades que estão sendo executadas, ao mesmo tempo em que apresenta a previsão dos projetos de mapeamento geológico a serem executados em um ciclo de 10 (dez) anos, seguindo diretrizes do governo federal para uma gestão mais eficiente e responsável.
“Essa ferramenta é um marco na nossa história”, destacou o diretor de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do SGB, Valdir Silveira, durante participação no Brazilian Mining Day – evento paralelo ao PDAC 2024, que acontece até o dia 6 de março, em Toronto, Canadá. Silveira complementou que “a plataforma consolida, em um único ambiente, todos os produtos para o setor mineral, elaborados pelo SGB e por outras instituições ao longo de 50 anos”.
A plataforma proporciona acesso simplificado e intuitivo aos dados, ao mesmo tempo em que assegura transparência ao trabalho do SGB, em alinhamento às práticas de governança ambiental, social e corporativa. “A comunidade acadêmica, investidores, empresas do setor mineral e o setor público em geral poderão obter, de forma fácil e rápida, dados sobre os mapeamentos geológicos realizados no país, além de acompanhar os planejamentos anual e decenal de trabalho”, complementa.
Essas informações são estratégicas para atrair investimentos e impulsionar o desenvolvimento do setor mineral brasileiro, pois subsidiam a descoberta de novos depósitos minerais e reduzem riscos exploratórios envolvidos na pesquisa de depósitos minerais, garantindo maior segurança aos investidores.
Planejamento 2024
O planejamento do mapeamento geológico anual do SGB prevê a elaboração de estudos em diferentes escalas de trabalho, atendendo todas as regiões do país. Para as ações, o orçamento de custeio previsto é de R$ 5,7 milhões. A plataforma permite acompanhar os projetos em fase de finalização, em andamento e aqueles que serão iniciados em 2024.
“É possível saber informações relevantes sobre os projetos, como unidade responsável, orçamento previsto, estágio de execução e também o plano de gerenciamento”, explica o assessor da DGM Marcos Ferreira. Segundo ele, é um instrumento importante para que o público interessado acompanhe de perto a execução dos mapeamentos e tenha previsibilidade para executar projetos relacionados às áreas em estudo.
Planejamento a longo prazo
O SGB também incluiu na plataforma informações sobre o Plano Decenal de Mapeamento Geológico, o que sinaliza o compromisso do governo federal em fortalecer as atividades para expansão do mapeamento, considerando a importância do conhecimento geológico para o desenvolvimento sustentável do país.
No plano, são apresentados três cenários, considerando a capacidade operacional do SGB e destinação de orçamento. O objetivo é tornar pública as propostas para ampliação do mapeamento geológico e, dessa forma, fomentar o diálogo sobre as áreas estratégicas com os públicos interessados. Esse planejamento decenal estará sendo construído permanentemente.
É prevista a realização de consultas públicas para que os setores acadêmico, produtivo e público possam opinar sobre a ordem de prioridade das ações.
Dados históricos
Na plataforma são apresentados os dados sobre os projetos de mapeamento geológico (nas escalas de referência (1:100.000 e 1:250.000) executados pelo SGB e outras instituições, como universidades e órgãos estaduais. Os mapas geológicos estão categorizados conforme o ciclo de execução do projeto: 1969-1993, 1994-2002, 2003-atual. Ao clicar em cada unidade, é possível ter informações sobre o projeto, código e nome da folha, instituição executora, escala, ciclo de mapeamento e link para download do material.
A cobertura do mapeamento geológico do país, conforme indicado na Plataforma, é de 27%, na escala de 1:100.000; e de 49%, na escala de 1:250.000. No entanto, quando se observa o embasamento cristalino, a cobertura passa para 42% e 69%, respectivamente. Essas são as áreas com maior probabilidade de serem encontrados depósitos minerais. Os dados apresentados pelo SGB indicam que já foram elaborados mais de 1,1 mil mapas geológicos, nas escala de referência citadas.
Acesse a Plataforma de Mapeamento Geológico
Site SGB-PDAC
O SGB criou um site especificamente desenvolvido para compilar os estudos que serão destacados durante o PDAC 2024. Acesse aqui.
Missão brasileira
Pesquisadores e a diretoria-executiva do SGB participam da comitiva brasileira – coordenada pela Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB) – para a missão oficial à Convenção Anual da Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC 2024), que ocorre entre 3 e 6 de março, em Toronto, Canadá.
O SGB é representado no PDAC 2024 pelo diretor de Geologia e Recursos Minerais, Valdir Silveira; a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial (DHT), Alice Castilho; pela assessora da DGM Lúcia Travassos; pela chefe do Departamento de Recursos Minerais (DEREM), Maisa Abram; pelos coordenadores executivos da DGM Maurício Pavan, Izaac Cabral e Eduardo Duarte Marques; pelo gerente de Geologia e Recursos Minerais da Superintendência Regional de Goiânia (SUREG-GO), Jônatas de Sales Macedo Carneiro; pelo coordenador executivo do Departamento de Gestão Territorial da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial (DEGET), Almir Costa; pelos(as) pesquisadores(as) em geociências Sulsiene Machado de Souza Gaia, Michele Cunha Graça e Eduardo Moussalle Grissolia (DGM); pelo assessor de Assuntos Internacionais, Rafael Duarte; pela assessora parlamentar da Presidência Sabrina Soares de Araújo Góis; e pelo assessor da Presidência Marcio José Remédio.
Também participam da Missão Oficial Brasileira à Convenção PDAC 2024 representantes da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, em Toronto (BCCC), e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (A