Surpreendeu positivamente o mercado brasileiro de mineração o anúncio, no início de fevereiro passado, da parceria fechada entre a australiana Orinoco Gold e a sul africana AngloGold Ashanti. Pelos termos do acordo, a AngloGold irá subscrever A$ 5,9 milhões (US$ 4,5 milhões) em ações da Orinoco, equivalentes a uma participação de cerca de 15% e ao direito de nomear um diretor para o Conselho de Administração da empresa. Esse diretor permanecerá no cargo enquanto a investidora detiver mais de 10% das ações ordinárias emitidas pela outra mineradora. Por um período de 9 meses, ainda, a AngloGold poderá propor a aquisição de 50% da Mina Cascavel, de propriedade da Orinoco, em Faina (GO).
Além desse aporte, o grupo canadense aplicará US$ 9,5 milhões, por um período de 3 anos, na exploração mineral do projeto Faina Goldfields, próximo ao Complexo Serra Grande (GO), que opera. Após 12 meses de due dilligence geológica nessa joint venture, a AngloGold poderá ter uma participação de 70% no projeto.
Para Camilo de Lelis Farace, vice-presidente de Operações Brasil da AngloGold, a nova parceria reforça a estratégia da mineradora de procurar e avaliar continuamente novos negócios que possam contribuir para o crescimento sustentável de suas atividades no país. “Somos a maior produtora de ouro no Brasil e tem sólido conhecimento da geologia e das condições operacionais locais, onde opera há mais de 20 anos, a unidade de Serra Grande, um complexo de mineração”, acrescenta o executivo.
Além dos investimentos, Klaus Petersen, presidente da Orinoco do Brasil, destaca justamente esse know how da empresa: “A Anglo Gold possui uma enorme capacidade técnica no desenvolvimento de minas de ouro, que será de grande aproveitamento pela Orinoco”, justifica.
Matéria publicada na edição 65 da revista In The Mine. Clique aqui, faça o download do pdf e leia a matéria na íntegra