No acumulado de 2019 a 2021, a Bahia foi líder nacional nos investimentos em pesquisa mineral, incluindo recursos privados e públicos, somando mais de 800 milhões de reais, segundo a ANM (Agência Nacional de Mineração). Exatamente, nesses últimos anos, a CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral) tem estabelecido relações estratégicas com várias áreas do setor minerário. Também tem realizado encontros e divulgações para que a sociedade conheça o trabalho da companhia e saiba o que a mineração representa para o desenvolvimento do estado.
A realização de reuniões, a promoção de fóruns e debates são algumas das ações para fomentar o setor, compartilhar conhecimentos e promover o encontro entre pesquisadores, técnicos e executivos tanto da mineração quanto de outras áreas.
Uma dessas iniciativas é o CBPM Convida. A sua edição mais recente, realizada no auditório da companhia, contou com a presença de representantes do Serviço Geológico Brasileiro (SGB/CPRM), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, de técnicos e gestores de empresas como a Atlantic Nickel, Companhia Vale do Paranamirim, Largo Vanádio de Maracás, Ero Brasil Caraíba, FERBASA, Brazil Iron Mineração, Evo Mineração, dentre outras. Também estiveram presentes diretores, gerentes e membros das equipes técnicas e administrativas da CBPM.
O encontro foi marcado pela apresentação de uma das mais recentes conquistas da CBPM: os Levantamentos Aerogeofísicos, realizados no primeiro semestre de 2022. Com um método eletromagnético e uso de helicóptero, novas oportunidades minerais foram mapeadas na região Norte da Bahia. Para realização desse projeto inovador, a CBPM contratou os serviços da Xcalibur Multiphysics, empresa que é líder mundial em soluções geofísicas.
“As divulgações dos resultados destes levantamentos possibilitam ao setor privado dispor de um grande volume de informações seguras que sinalizam oportunidades em busca da descoberta de novas jazidas minerais”, explica Ives Garrido, responsável pelos Projetos Geofísicos da CBPM.
“CBPM atua com maestria”
Durante o CBM Convida, Ives Garrido fez uma explanação sobre as áreas aerolevantadas e demonstrou, com tabelas, mapas e gráficos, que elas possuem diversificado patrimônio mineral. Ele compartilhou as experiências de campo e destacou que após o recebimento dos produtos finais do aerolevantamento, foram realizadas interpretações dos dados, com objetivo de selecionar e priorizar novas áreas-alvo para a realização de sondagens exploratórias e novos projetos de pesquisa. No decorrer da apresentação, a plateia fotografou, interagiu e demonstrou entusiasmo.
“Mais uma vez, a CBPM inova trazendo esses levantamentos eletromagnéticos, no predomínio do tempo, que é a evolução da aerogeofísica e que trazem resultados excelentes. Pelo que nós vimos aqui, a CBPM, novamente, acertou o local de fazer esse tipo de levantamento e, evidentemente, obterá resultados muito bons sobre novas oportunidades no estado da Bahia. A CBPM faz pesquisa mineral com maestria e, como representantes do Serviço Geológico, estamos à disposição para colaborar com essa instituição que traz sempre importantes resultados não apenas para a Bahia, mas para o país. E o que vimos hoje, é um passo importante para a mineração baiana”, destaca Márcio Remédio, diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico Brasileiro (SGB/CPRM).
Exemplo a ser seguido
Para Paulo Castellari, CEO da Appian Capital Brazil, fundo de investimentos responsável pelas operações da Atlantic Nickel, a CBPM formata caminhos e desempenha atividades que devem ser seguidas por outras organizações.
“Eu acho que é absolutamente crucial que o resto do Brasil tome a CBPM como exemplo. Porque o ponto de partida para todo trabalho na mineração é a pesquisa mineral. Então, a seriedade, a dedicação e o investimento que a CBPM faz é a semente para tudo que a gente realiza. Nós estamos muito felizes de estar aqui na CBPM e presenciar a continuidade desse trabalho sério”, salienta Paulo Castellari.
Castellari lembra que graças à descoberta da CBPM, a Atlantic Nickel (antiga Mirabela) tornou a Bahia o maior produtor de níquel sulfetado do Brasil. A mineradora opera na Mina Santa Rita, em Itagibá, através de um contrato de pesquisa complementar e arrendamento firmado com a empresa pública baiana. “Nós da Appian acreditamos muito na região. Atuamos em várias áreas que surgiram a partir de trabalhos de pesquisa, por isso reafirmo que as análises técnico-científicas compõem a base de tudo. Então, com apoio da CBPM, podemos iniciar e desenvolver projetos. Todo mundo sabe que a mineração tem a capacidade de mudar a região onde atua. Quando o trabalho é feito de maneira segura, responsável e inteligente é possível alcançar resultados eficazes e não apenas sob a perspectiva econômica”, declara.
“Mineração do Amanhã”
Parcerias com empresas como a Atlantic Nickel e outras são medidas da gestão da CBPM com a finalidade de gerar desenvolvimento socioeconômico nas cidades do interior da Bahia. “Além de contribuir para a geração de emprego e renda, arrecadação tributária para os municípios, entre outras coisas, a CBPM tem a tradição da pesquisa. Desde 2019 realizamos 13 licitações para novas áreas, isso se reflete em benefícios institucionais, possibilitam investimentos em nossos projetos geofísicos, aquisição de equipamentos e a contratação do que há de mais moderno no mundo para realizar levantamentos como esse que destacamos no CBPM Convida”, diz Antonio Carlos Tramm, presidente da CBPM.
Tramm destaca ainda que a mineração da Bahia cresceu 26%, no primeiro semestre de 2022, enquanto a brasileira caiu 9%. “Justamente pela diversidade de minerais que o estado possui e por ser o estado brasileiro mais bem estudado geologicamente. Tudo isso, faz a Bahia estar entre os que mais investem em pesquisa e na atividade mineradora. Essa é a mineração do amanhã”, finaliza.