OPERAÇÕES INTEGRADAS EM CENTRAL DE CONTROLE

OPERAÇÕES INTEGRADAS EM CENTRAL DE CONTROLE

Em outra frente de atuação, agora relacionada a toda a sua cadeia produtiva, a Mineração Rio do Norte – MRN implantou um Centro de Operações Integradas (COI). A medida visou criar um ambiente de controle único para aprimorar a programação, o planejamento e a execução da produção, além de apoiar a gestão de riscos. “O projeto teve como pilares infraestrutura, tecnologia, pessoas e processos, sendo conduzido pela Gerência Geral de Serviços Técnicos, com a participação das áreas de Operação de Mina, Industrial, de Manutenção e Tecnologia da Informação, em uma equipe multidisciplinar”, lembra Antonio Medeiros Silva, coordenador do COI.

Um dos ajustes necessários à configuração anterior da unidade mineradora foi a incorporação do Centro de Monitoramento Geotécnico à estrutura do COI, o que foi realizado na etapa final da primeira fase do projeto. Quanto aos desafios de implantação, Silva destaca problemas relacionados à rede de comunicação, à baixa digitalização dos processos e à resistência interna ao novo conceito. “Nesse terceiro fator, a alta liderança da MRN patrocinou o projeto e foi fundamental para o seu sucesso”, avalia o coordenador.

Sarah de Souza Sá, engenheira de Sequenciamento do COI da MRN
Sarah de Souza Sá, engenheira de Sequenciamento do COI da MRN

Interface total

 A solução envolveu a transferência das salas de controle para o ambiente integrado, com melhoria de espaço, infraestrutura e novos recursos de computação. “Desktops e notebooks de alta performance foram adquiridos para processos específicos de controle e reporte de produção e despacho de mina”, exemplifica Sarah de Souza Sá, engenheira de Sequenciamento do COI.

A rede LTE (Long Term Evolution) pública, instalada em 2023, também possibilitou o atendimento de demandas reprimidas de monitoramento na unidade, como o uso de câmeras de acompanhamento em tempo real para escavadeiras e caminhões, que foram instaladas em dois equipamentos e se encontram em fase de testes.

Na fase de projeto foram realizados benchmarks externos em empresas com o mesmo modelo de operações integradas já implementado e em estágios diferentes de maturidade. “Esse contato nos permitiu configurar nosso projeto de modo personalizado, aproveitando as boas práticas já comprovadas em outras indústrias”, avalia Sarah. O treinamento da equipe abordou temas operacionais e de planejamento, como o de Dimensionamento de Capacidade de Produção – Frota e Instalações e os que envolveram operação assistida.

Até o momento, os ganhos quantitativos mais observados estão nos tempos de resposta para soluções de problemas que afetam toda a cadeia produtiva da MRN, da mina até o embarque em navios. “O fluxo de comunicação entre os processos de planejamento e operação num mesmo ambiente mantém o sincronismo das operações e a aderência aos planos de produção, especialmente os de curto prazo”, diz Sarah. Ainda segundo a engenheira, novos reports de planejamento e produção foram implantados, permitindo melhorias na gestão da informação e do conhecimento já que estão padronizados, obedecem a uma cadeia de hierarquia de relatórios e são interdependentes e formatados de modo a atender as demandas internas e externas da empresa.

Foto em destaque: COI: ambiente único de controle da mina ao embarque portuário
Fotos: MRN/Divulgação

 

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