OPERAÇÕES CONSOLIDADAS E EM EXPANSÃO

OPERAÇÕES CONSOLIDADAS E EM EXPANSÃO

As editorias anteriores do Especial Minerais Críticos e Estratégicos (MCEs) desta edição trataram de Regulação e Projetos. Na primeira, destacamos o Projeto de Lei nº 2780/2024, de autoria do deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG), também presidente da FPMin – Frente Parlamentar da Mineração Sustentável da Câmara dos Deputados, que institui a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE), assim como outras iniciativas do governo federal relacionadas a esse tema, ao longo dos últimos anos. A segunda matéria traz o ranking dos principais projetos de MCEs em curso no Brasil, falando de sua distribuição por fases de desenvolvimento, regiões e empresas.

Nesta matéria, o foco são operações já consolidadas de cobre, níquel, urânio e terras raras. Foram entrevistados executivos da Appian Capital Brazil, sobre as subsidiárias Atlantic Nickel e Mineração Vale Verde (MVV), produtoras de níquel e cobre, respectivamente; EroBrasil, em especial sobre a EroBrasil Caraíba e EroBrasil Tucumã, mineradoras de cobre; da INB – Indústrias Nucleares do Brasil, única produtora de urânio do país; e Serra Verde Pesquisa e Mineração (SVPM), também em condição de exclusividade nacional na produção de ETRs (Elementos Terras Raras).

Os produtos dessas empresas estão direta e fortemente vinculados, enquanto matérias primas essenciais, à chamada transição energética, etapa em que, visando a atenuação dos efeitos das mudanças climáticas, grande parte dos países do mundo busca adotar soluções “limpas” para minimizar suas emissões poluentes. Esse processo se dará pelo maior emprego de fontes energéticas renováveis ou menos tóxicas, quer para o abastecimento de cadeias produtivas, como intrínsecas a elas – substituição do diesel em frotas de veículos e equipamentos e em processos de beneficiamento, no caso da mineração. MCEs também são a base da “alta tecnologia”, que é impulsionada num ritmo crescente de inovação e diversificação. A ingressa mais recente desse rol, a Inteligência Artificial (IA) ainda tornará o cobre e o níquel, num futuro bem próximo, dois dos minérios mais demandados do mundo devido à expansão de data centers.

O clima é de expectativas positivas. No “inferno brasileiro”, objeto de uma velha piada, faltava tudo. Se assim for, estamos no paraíso. Ao menos no que se refere às substâncias minerais que são tema de nossa abordagem. Há uma operação em ramp up – Tucumã, da EroBrasil. Outras cinco com expansão em desenvolvimento – Atlantic Nickel, MVV, EroBrasil Caraíba, INB e SPVM. E um projeto em fase de instalação da planta-piloto – Graphcoa, de grafita, da Appian Capital.

O níquel enfrenta restrições em sua cotação internacional, assim como as terras raras, cenário que, por enquanto, não afeta o ânimo de suas produtoras no Brasil. Já os preços do cobre, apesar da volatilidade, permanecem estáveis, enquanto os da grafita e urânio tiveram uma elevação significativa. Para todos, a projeção de expansão da demanda mundial é unânime.

Na opinião dos executivos, as empresas estão preparadas para enfrentar um mercado que cada vez mais exige “produtos verdes” ou originados de um processo de produção responsável e sustentável, aliado a um compromisso social transparente, constante e inequívoco. Não se trata de uma aposta em um futuro imaginado. É uma construção do presente, com dedicação, resiliência e persistência.

Foto: Pilha Pulmão de Minério de Cobre na Mineração Vale Verde (leo Drumond/Nitro Histórias Visuais)

APPIAN BRASIL: PADRÕES RÍGIDOS DE ESG E PROJETOS “VERDES”

EROSBRASIL: PRODUÇÃO DUPLICADA E PORTFÓLIO FOCADO

INB:EXPANSÃO PRODUTIVA E NOVAS PARCERIAS

SERRA VERDE: ACELERANDO A DISPONIBILIDADE DE TERRAS RARAS

 

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