Para realizar a série de matérias sobre eficiência operacional, publicadas na edição 104 da revista In The Mine, baseadas em entrevistas com grandes mineradoras que atuam no Brasil, partimos de um conceito básico do termo eficiência operacional: produzir mais e melhor com menores recursos e custos. A pergunta, então, foi sobre a forma como as empresas abordam esse princípio, seguindo para as metas relacionadas ao tema e indicadores e métricas para alcançá-las.
Dessa abordagem genérica passamos a especificidades como a definição das áreas de operação prioritárias para terem sua eficiência otimizada – seja por apresentarem gargalos – ou oportunidades, designação preferida por vários entrevistados – em seus processos produtivos, seja pela necessidade de aprimorar atividades de controle ou monitoramento. Identificar os problemas foi o imput claro para chegar às soluções efetivadas, tanto para resolvê-lo quanto para minimizá-los. Essas soluções evidenciam o emprego maciço de novas tecnologias, aí incluída a Inteligência Artificial (IA), cuja adoção já data de muitos anos na indústria da mineração em aplicações múltiplas e de longo alcance.
Participam deste Especial a Anglo American, AngloGold Ashanti, AMG, Hydro, Mineração Rio do Norte (MRN) e Samarco. Na Anglo American, o modelo operacional que reflete o conceito básico de eficiência das operações consiste de várias etapas: planejamento operacional; sustentação das metas definidas na etapa anterior, com o monitoramento de seu progresso e identificação das áreas que precisam de melhorias; gestão do trabalho e processo de feedback. Na AngloGold, a diretriz é a de fazer o básico bem-feito, ou seja, trabalhar bem a base – Segurança, Pessoas e Tecnologias – de qualquer operação para alcançar bons resultados, tendo como metal final a produção.
A AMG, por sua vez, foca seu aumento de produtividade na redução da necessidade de recursos naturais e consequente redução da geração de resíduos e dos custos, modernizando tanto seus processos produtivos quanto seu modelo de gestão. A Hydro Paragominas pauta sua atuação no dia-a-dia sobre cinco princípios: trabalho padronizado; relações bem definidas entre as partes; fluxo otimizado; times dedicados; e liderança visível.
Na MRN, a obtenção de eficiência operacional inclui a otimização dos recursos, a redução dos custos operacionais, o aumento da produtividade e garantia da sustentabilidade das operações, principais metas da empresa, que também estão diretamente relacionadas à segurança dos empregados, minimização de impactos ambientais e conformidade com as regulamentações governamentais.
A Samarco, por fim, definiu três principais pilares de qualidade para suas operações: laboratórios desenvolvidos, metodologias de análises de processo e implementação de tecnologias avançadas e processos inovadores, promovendo, ainda, programas de melhoria contínua, que buscam identificar e eliminar possíveis desperdícios nas operações, reduzindo custos e impactos eventualmente gerados.