O GEÓLOGO E O OURO DE GOIÁS

O GEÓLOGO E O OURO DE GOIÁS


Por Tébis Oliveira *

O engenheiro geólogo Klaus Petersen formou-se pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), na turma de 1988, onde foi membro da tradicional república “Covil dos Gênios”. Em 2011, já em Perth, na Austrália, esse paulista de Santo André concebeu, ao lado do nativo Mark Papendieck e de outro brasileiro, Marcelo Juliano de Carvalho, a então Orinoco Resources, focada em projetos de pesquisa mineral no Brasil e países vizinhos. A nova junior company despertou o interesse de investidores e deu no que deu. De um capital inicial de US$ 500 mil, a atual Orinoco Gold, passados apenas 5 anos, já supera US$ 30 milhões em valor de mercado.fotoperson

Nesse tempo, o Projeto Cascavel, primeira aquisição da empresa, ganhou forma e corpo nos domínios de Faina, município goiano de cerca de 7 mil habitantes, localizado a 211 km da capital do estado. Da fase de pesquisa evoluiu para a de implantação da lavra subterrânea e montagem das plantas de britagem e beneficiamento e se tornou uma mina de ouro – no sentido literal -, que começa a produzir ainda em abril.

Além de Cascavel, a Orinoco detém direitos minerários integrais sobre a Mina Sertão e sobre outros 200 km2 nos greenstone belts de Faina e na vizinha Goiás. Juntos, eles compõem o chamado Projeto Polimetálico Faina Goldfields, que interceptou teores recordes de prata, tungstênio e cobre – além de ouro, claro -, em alvos de pesquisa. Como a prioridade era tocar Cascavel e os investidores andam ariscos com os baixos preços e a duvidosa demanda de certas commodities, os tesouros de Faina Goldfields seguem, por enquanto, enterrados.

Nesta entrevista exclusiva à In the Mine, Klaus Petersen fala do modelo junior company de negócio e da concepção e viabilização da Orinoco Gold na bolsa de valores australiana. Fala também da implantação e operação da Mina Cascavel, com o desafio de preservar o patrimônio arqueológico de antigas minas bandeirantes em sua área de instalação. Fazendo, ainda, um balanço do projeto, diz que sua maior realização “foi a montagem de um time com técnicos altamente qualificados, em um ambiente de trabalho fértil para produzir interpretações geológicas inovadoras”.

  • Tébis Oliveira é editora de Sustentabilidade e Novos Projetos da revista In The Mine

Faça o download do arquivo pdf e leia a entrevista, publicada na na edição 60 da revista In The Mine

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