No dia 2 de agosto, o Museu do Amanhã e o WWF-Brasil promovem um debate sobre o Dia da Sobrecarga da Terra. O seminário “Áreas Protegidas no Brasil: o amanhã ameaçado” marca a participação do Brasil na discussão que ocorre na mesma data em diversos países e que trata de entender causas e efeitos da crescente demanda da humanidade sobre os recursos naturais. O evento será realizado no Observatório do Amanhã, às 14h, com transmissão on-line pelo Facebook do Museu.
O consumo global e a pressão sobre os ambientes naturais e as espécies estão muito além da capacidade que o planeta tem de se regenerar, alertam os organizadores. Para esta conversa, o Museu do Amanhã receberá Bráulio Dias, ex-secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU; o economista Carlos Eduardo Young; e Maurício Voivodic, diretor do WWF-Brasil. Entre os temas debatidos estão a importância da biodiversidade brasileira para o mundo, o valor econômico das florestas ao permanecerem intactas e o impacto das políticas públicas sobre o meio ambiente no Brasil.
“Estamos no limite de consumo dos recursos naturais”, adverte o gerente de conteúdo do Museu, Leonardo Menezes. Segundo ele, a humanidade vive um momento drástico em que terá de fazer escolhas determinantes para o seu futuro. Para Menezes, rever os atuais padrões – insustentáveis – de consumo e orientar a economia para uma rota de baixas emissões de carbono são medidas que precisam ser tomadas no âmbito dos governos, das empresas e dos cidadãos.
O diretor-executivo do WWF-Brasil, Maurício Voivodic, lembra que Brasil é um país megadiverso e possui um dos maiores e mais complexos sistemas de áreas protegidas em todo o mundo. Nestas áreas, encontra-se boa parte da biodiversidade, dos estoques de carbono e dos mananciais que abastecem o país.
“Mas todo esse sistema está em risco devido a escolhas políticas de governo que, ao invés de ampliar, reduzem as áreas protegidas com fortes impactos”, lembra Voivodic, acrescentando que há pressões de todos os lados. “Negócios insustentáveis e atividades econômicas orientadas apenas para atender à voracidade do consumo não consideram que os recursos têm limite e esse limite já foi superado”, diz o diretor do WWF-Brasil.