MERCADO ATENTO ÀS OPORTUNIDADES

MERCADO ATENTO ÀS OPORTUNIDADES

Por Ricardo Gonçalves,

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Fernando  Roberto

Ceará
Para o geólogo Fernando Antônio da Costa Roberto, superintendente do DNPM-CE, o maior destaque na área mineral do estado é o Projeto de Itatiaia/Santa Quitéria, com a produção de 0,25 Mtpa de fosfato bicálcico. Em pesquisa mineral, além dos trabalhos da Xstrata Brasil no Projeto Pedra Branca, de ouro, substâncias como o ferro, manganês, calcário, rochas ornamentais, entre outras, são as mais requeridas por mineradoras ao órgão.

Para Roberto, não houve diferença expressiva entre os requerimentos de pesquisa protocolados até setembro de 2012 (645), em relação ao mesmo período de 2011 (654).

Paraíba
Devido à geologia diversificada, o estado é rico em bens de origem mineral. Porém, a maior parte corresponde a minerais não metálicos (industriais e de uso na construção civil), responsáveis em 2007, por exemplo, por 75% da produção mineral paraibana. O estado possui grandes jazidas de calcário sedimentar em sua faixa litorânea e é o maior produtor de bentonita do País. Uma estimativa aponta oito mil famílias trabalhando diretamente com mineração na Paraíba. Recente mente, houve a regularização de garimpeiros via cooperativas financiadas pelo Governo do Estado.

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Guilherme Silveira

Segundo Guilherme Henrique Silveira e Silva, superintendente do DNPM-PB, pesquisas apontam argilas bentoníticas nos municípios de Barra de Santa Rosa, Cubati e Sossego. Há instalação de um pólo cimenteiro na região do Calcário de Alhandra, Conde e Pitimbu. Em Mataraca, são extraídos ilmenita, rutilo e zirconita. Na região do Seridó há, em abundância, quartzo, feldspato, mica e caulim. Este, inclusive, atinge uma produção mensal de 15 mil t. O Seridó, juntamente com o Cariri, receberá investimentos da ordem de US$ 25 milhões do governo estadual, em parceria com o Fida, pertencente à Organização das Nações Unidas (ONU). O projeto de inclusão social e produtiva beneficiará cerca de 14 mil famílias em 55 cidades.

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George Silva

Sergipe
George Eustáquio Silva, engenheiro de Minas e superintendente substituto do DNPM-SE, conta que houve um aumento, nos últimos dois anos, do número de requerimentos para o licenciamento de operações com agregados, como areias, gnaisses, cerâmica vermelha e cascalho, entre outros. Isso comprova o atual estágio aquecido tanto do setor mineral quanto da construção civil. No mesmo período, Sergipe viu aumentar os requerimentos de pesquisa de minerais metálicos no norte e centro-oeste do estado. Desde 2008, por conta de uma alta demanda mundial por fertilizantes, há pesquisas por sais de potássio na bacia sedimentar nos limites do estado, que resultaram em inovações tecnológicas em Sergipe, explica Silva.

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Luiz Otavio Gomes

Alagoas
Com baixo potencial mineral comparado a outros estados, Alagoas tem largas jazidas de salgema e reservas de calcário e argila. O principal projeto de mineração é o “Serrote da Laje”, da Mineração Vale Verde (MVV), em Craíbas. A produção inicial está programada para 2015, com cobre, ferro e ouro. O investimento previsto é de R$ 1 bilhão. Mesmo com esse baixo potencial, outra saída, de acordo com Luiz Otavio Gomes, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Alagoas, é a aposta no setor de agregados, que tem estimulado o segmento mineral. Outra novidade é que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) finalizou recentemente os mapas geológico  de recursos minerais de Alagoas, que contribuirão significativamente para novos investimentos em prospecção. Eles auxiliarão também na pesquisa de rochas ornamentais.

Maranhão
Apesar da pouca tradição do setor mineral maranhense, o governo estadual trabalha com o segmento como um dos pilares para o desenvolvimento socioeconômico, com infraestrutura e logística, por exemplo, para receber projetos de extração de fosfato, demanda gerada pela agroindústria brasileira. Deve ser definido em breve um Plano Estadual do Setor Mineral. O DNPM aponta também que há um crescente interesse de investidores da área mineral no Maranhão, que alcançou a nona posição nacional em arrecadação da Taxa Anual por Hectare (TAH).

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Ricardo Guterres

Ricardo Guterres, secretário de Minas e Energia, conta que o estado procura agregar valor à bauxita, dentro da cadeia produtiva de alumina e alumínio, e ao ferro, na cadeia de ferro gusa. O projeto de destaque é o da Jaguar Mining, em Centro Novo do Maranhão, e terá um investimento de R$ 500 milhões. Encontra-se em fase de licenciamento ambiental.

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Roger Miranda

Rio Grande do Norte
De acordo com Roger Garibaldi Miranda, superintendente do DNPM-RN, a produção mineral do estado se encontra numa fase de recuperação em certos setores. Como exemplos, destacam-se as minas de tungstênio, que estão voltando a operar ou passando por reavaliação, o calcário e a argila, crescendo novamente para utilização em fábricas de cimento, as rochas ornamentais, que retomam suas operações de forma ainda tímida e o minério de ferro, com crescimento de produção em Cruzeta. Diato mito e gemas são exemplos de substâncias em retração. Mesmo com a crise econômica na Europa e certa desaceleração na China, o momento é de crescimento. Prova disso são os projetos de ouro em Currais Novos, onde a Crusader deve investir R$ 150 milhões e espera ex-trair de 3 a 5 t por ano, e de cal em Baraúna, onde a Ical investirá R$ 300 milhões para produzir 1,5 Mtpa de calcário, e a Cal Norte Nordeste (CNN), R$ 100 milhões para produção de cal siderúrgico. Benito Gama, secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, conta que o potencial do solo potiguar é ainda estimulado por incentivos fiscais do Governo, atraindo novas empresas.

Bahia
Com uma alta diversidade mineral, extraindo cerca de 50 substâncias diferentes, a Bahia tinha, até 2008 – antes da crise financeira mundial –, a produção de rochas ornamentais como carro chefe de sua extração mineral. Hoje, o maior número de concessões de lavra é representado por bens minerais metálicos e por agregados para a construção civil, divididos entre manganês, calcário, areia, granito, cromo, argila e ouro, entre outros. Houve um leve decréscimo de requerimentos neste ano, comparado a 2011, por conta de um grande volume de processos acumulados, gerando atraso nas publicações do DNPM. A movimentação financeira do estado é dominada pelos minerais metálicos. Em 2011, o níquel foi o maior arrecadador, representando aproximadamente 29% de toda a Bahia, e o município de Itagiba teve o maior valor repassado pela União, com cerca de R$ 10 milhões.

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Danilo Correia

O segundo colocado foi Jaguarari, com R$ 4,46 milhões. Segundo Danilo Mário Behrens Correia, superintendente do DNPM-BA, a tendência no setor mineral é a consolidação do potencial baiano como detentor de jazidas de minério de ferro. Em Caetité, está se implantando a primeira mi na de ferro do estado, pela Bahia Mine ração (Bamin), com investimento estimado em R$ 1,6 bilhão. Nos últimos anos, ferro foi a substância com o maior número de requerimentos e pesquisas. Há buscas também por terras raras. Além disso, em 2013, a Yamana Gold deve implantar um projeto de minério de ouro na região de Santa Luz, com investimento de  R$ 200 milhões.

Piauí
Apontado como nova fronteira da mineração, a diversidade mineral do Piauí chama a atenção, com ferro, diamantes, mármore, argila, níquel e fósforo, por exemplo. O subsolo piauiense também é reconhecido pela vasta quantidade de água. O DNPM afirma que o estado se encontra entre os dez com maior incidência de minérios no País. A região de Paulistana possui uma reserva de ferro estimada em 400 Mt, com projetos em evolução. Próximo ao município de Pedro II, encontra-se a única reserva de opala nobre do Brasil. O governo estadual investe em recuperação de solos degradados no sul, que estão sendo transformados em áreas produtivas. Próximo à região, em Gilbués, está sendo explorada uma mina de diamantes, com uma jazida de cerca de dois milhões de quilates. O projeto de destaque é o de 15 Mtpa de minério de ferro da Brasil Exploração Mineral (Bemisa), com investimento previsto de R$ 3 bilhões a partir de 2013.

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Evaldo Freitas Lira

Evaldo Freitas Lira, engenheiro de Minas do DNPM-PI, ressalta que mesmo com a queda de requerimentos, a Taxa Anual por Hectare (TAH) teve um acréscimo de 10% na arrecadação. Outros investimentos de destaque são as obras de infraestrutura, como a construção da Transnordestina, que conectará ferrovias do Centro e do Norte do Brasil e terá 412 km de trechos no Piauí. Há também o Porto de Luis Correia, com intermodalidade de rodovia, ferrovia, hidrovia e aerovia. Serão criadas, ainda, as Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba.

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Antonio de Lyra

Pernambuco
Antonio Pereira de Lyra Sobrinho, chefe do Serviço de Desenvolvimento da Mineração do DNPM-PE, conta que os minerais da cadeia de construção civil seguem com alta demanda e produção crescente. A Votorantim e a CSN buscam áreas de calcário para implantar fábricas de cimento. A produção mineral do estado é basicamente constituída por brita, gipsita, calcário, areia, água mineral e como único metálico, o minério de titânio. O bom momento econômico pernambucano é verificado com a expansão do Complexo Industrial e Portuário de Suape. Ainda assim, a expectativa para 2012 é de uma queda de 20% do total de requerimentos em relação ao ano anterior, por conta da redução das pesquisas de metálicos.

(Outubro/novembro 2012)

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