Resultados da Avaliação Econômica Preliminar de depósito de lítio que integra o Projeto Salinas são promissores. Negociação de ações da empresa, que estava suspensa, voltou a ser realizada hoje.
A junior company australiana Latin Resources divulgou hoje (28/09), os resultados da Avaliação Econômica Preliminar (PEA) do depósito Colina, que integra o Projeto Salinas, de lítio, localizado na cidade mineira homônima.
O Valor Presente Líquido (NPV, em inglês) do projeto, após os impostos, é de A$ 3,6 bilhões (US$ 2,5 bilhões), equivalendo a uma Taxa Interna de Retorno de 132% – receita LOM (Life of Mine) de A$ 12,6 bilhões (US$ 8,4 bilhões), com fluxo de caixa livre de A$ 6,8 bilhões (US$ 4,7 bilhões).
Colina possui uma estimativa anual média de produção de 405 mt de concentrado de espodumênio de alta qualidade, contendo 5,5% Li2O (SC5,5), e de 123 mt de concentrado obtido a partir de rejeitos do beneficiamento mineral, contendo 3% de LI2O (SC3), com CAPEX da ordem de US$ 253 milhões para a Fase 1 de implantação da mina, visando sua operação comercial a partir de 2026. Na Fase 2, que elevará a produção média anual para 525 mt de SC5,5 e acrescentará outras 36 mt de SC3, o investimento será de US$ 55 milhões, totalmente financiado pelas vendas da produção obtida na Fase 1 do projeto.
Considerando a Estimativa de Recursos Minerais (MRE) do depósito, de 45,2 Mt@1,32% Li2O, as Fases 1 e 2, de implantação e expansão da mina, podem posicionar a Latin Resources como a segunda maior produtora de concentrado de espodumênio no Brasil, além de colocá-la entre as empresas com menor custo de produção do material no mundo, segundo a mineradora.
A MRE deve ser ampliada com a nova campanha de prospecção e sondagem em curso, que emprega atualmente 11 plataformas de perfuração, de forma a compor o Estudo de Viabilidade Definitivo (DFS), com conclusão prevista para meados de 2024, podendo inclusive apontar a possibilidade de implementação de uma Fase 3 para aumento da produção da mina.
A PEA foi elaborada por consultorias independentes, entre as quais o
SGS Geological Services Group (SGS) Canadá, o SGS Bateman Engineering Services e a MinSol Engineering.
“O investimento de baixo custo e o acesso rápido à produção em 2026 atingirão o ponto ideal de aumento dos preços do lítio que muitos preveem nos próximos anos. O Projeto Colina está a caminho de se tornar uma das maiores minas de espodumênio do mundo, com custos operacionais muito baixos”, afirma o diretor geral da Latin Resources em comunicado emitido pela empresa. A negociação de ações da mineradora, que estava suspensa desde 26/09, aguardando a divulgação da PEA, voltou a ser realizada na bolsa de valores da Austrália (ASX) hoje, 28/09.
Foto: Amostras de espodumênio coletadas no depósito Colina (Latin Resources/Divulgação)