As importações de produto siderúrgicos deverão ser de 3,8 milhões de toneladas em 2013, queda de apenas 0,5% em relação a 2012. A previsão anterior do Instituto Aço Brasil era de que cairiam 14,4% este ano. O mês de outubro foi recorde em importação de produtos siderúrgicos desde 2010, o que demonstra que a apreciação ocorrida no dólar não foi suficiente para que as mesmas diminuíssem no ritmo esperado. Isso se deve em grande parte ao fato do dólar ter se apreciado também em relação a outras moedas e aos artifícios utilizados pelos importadores (fuga de NCMs).
As importações indiretas de aço (contido em bens como máquinas e veículos automotores) também aumentaram (17,4%) e alcançaram 4,7 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2013. Devem fechar o ano em 5,7 milhões de toneladas, outro recorde. O saldo da balança de comércio indireto terá déficit também recorde de 2,8 milhões de toneladas.
O desempenho das vendas de produtos siderúrgicos até outubro surpreendeu positivamente. A previsão é fechar o ano com aumento de 6,1% nas vendas (22,9 milhões de toneladas). O maior responsável por essa melhora é o setor automotivo, cuja produção subiu 12,4% no período de janeiro a outubro, segundo dados da Anfavea. A projeção de crescimento para consumo aparente (vendas+ importações) foi, então, revisada de 3,2% para 5,7% diante do quadro surpreendente das vendas e das importações. Cabe ressaltar, entretanto, que é sabido que parte dos produtos vendidos/importados estão estocados no momento, ou seja, boa parte do “consumo aparente” não foi efetivado em “consumo real”.
A produção de aço bruto deverá atingir 34,5 milhões de toneladas este ano, aproximadamente o mesmo número de 2012. Além disso, as exportações do aço brasileiro devem ser de 8,4 milhões de toneladas em 2013, queda de 14,8% em relação ao ano passado, ainda reflexo do excesso de capacidade no mercado internacional e da perda de competitividade dos nossos produtos devido ao elevado custo Brasil.
2014 – As projeções para 2014 são otimistas com a perspectiva da queda das importações devido à possível desestocagem, aumento das exportações face à suave recuperação do cenário internacional e incremento da produção de aço bruto. As vendas devem crescer 4,4% e o consumo aparente, 3,2%. A possível redução da produção de automóveis (normas de segurança se tornarão mandatórias e acaba o IPI reduzido para autoveiculos) deverá ser compensada pela alta de consumo na construção civil.
Instituto Aço Brasil