GRUPO DESENVOLVE MÉTODO POR “TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA”

Especialistas e técnicos do Grupo de Trabalho vinculado ao Comitê Brasileiro de Minério de Ferro desenvolveram tecnologia inédita para determinação do teor de ferro total em minérios de ferro.  O laboratório químico da Samarco, no complexo de Ubu (ES), foi um dos locais utilizados para o processo de desenvolvimento da proposta de norma técnica. A empresa também cedeu os equipamentos para as experimentações.

A Samarco participa dos comitês brasileiros de normalização do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), para a criação de normas da Organização Internacional para Padronização (ISO) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e integra o grupo que desenvolveu o método de análise de ferro por Titulação Potenciométrica desde 2013.

titulador potenciométrico
Titulador potenciométrico

O analista de processo da Samarco, Anderson Pedruzzi conta que o principal desafio para confirmação do método era entender o motivo da perda de sensibilidade de eletrodos.  Ele explicou sobre os procedimentos adotados para alcançar o êxito da técnica, após nove anos de estudos.

“O eletrodo é o componente principal do Titulador Potenciométrico, é responsável direto pelas medições potenciométricas e precisão dos resultados. Utilizamos o Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) da Samarco para fazer as avaliações no eletrodo e diagnosticar o problema. Descobrimos que o eletrodo estava sofrendo oxidação pela ação do ácido fosfórico, provocando sua perda de sensibilidade. Sugerimos então ao grupo a exclusão desse reagente no método e os resultados dos testes demonstraram a eficácia da retirada do ácido fosfórico para a manutenção da performance do eletrodo”, diz Anderson.

O novo método de análise de ferro consiste em utilizar um instrumento chamado Titulador Potenciométrico, que reduz significativamente a interferência humana nas análises e garante resultados mais precisos e exatos, além de ganhos relacionados a redução do uso de produtos químicos e custos analíticos.

“A utilização de uma tecnologia que prevê mais precisão e exatidão dos resultados vai ao encontro do que todos buscam. Além disso, podemos considerar ganhos com a produtividade, devido à operação automatizada do equipamento. Os próximos passos do grupo de trabalho serão determinar os dados de precisão do método e formalizar a proposta de normalização do método junto à ABNT e ISO”, ressalta o gerente de Engenharia de Processo, Automação e Instrumentação, da Samarco, Thiago Marchezi.

 

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