O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, confirma o bom desempenho da indústria da mineração brasileira. Mesmo diante dos efeitos nefastos da pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, a receita advinda da produção mineral brasileira no 1º semestre de 2020 foi 1% superior à do 1º semestre de 2019. E o saldo da balança comercial mineral no 1º trimestre, já com a crise da covid-19 instalada nos países da Ásia e Europa, foi de US$ 5,2 bilhões.
Ele mencionou estas informações ao participar da solenidade de encerramento do e-mineração: Evento Virtual de Negócios (www.portaldamineracao.com.br/e-mineracao), na noite desta 5ª feira (16/7). O ministro se disse positivamente surpreendido com a intensa participação de empresários interessados em fazer negócios. Foi maior evento virtual de negócios do setor mineral. E atraiu a participação de 15 mil empresários e especialistas em mineração e em vários outros setores.
“Economia lastreada em bases sólidas”
“Os resultados da mineração no 1º semestre associados a eventos como este ‘e-mineração’ dão a exata dimensão do quanto temos uma economia forte, lastreada em bases sólidas. E, mesmo com os elevadíssimos custos que a pandemia impôs à sociedade brasileira, mostram que mesmo assim não deixamos de acreditar. E nossa grande capacidade de ultrapassar barreiras e vencer desafios”, disse o ministro.
Os números do e-mineração mencionados por Bento Albuquerque demonstram a expressiva participação de empresários dispostos a fazer negócios. O evento foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Com o propósito de direcionar o poder de compra das mineradoras a negócios com novos fornecedores de pequeno e médio porte.
O próprio ministro fez questão de mencionar os dados em seu discurso:
– 15 mil participantes;
– 600 empresas interessadas em fazer negócios com mais de 20 mineradoras;
– 208 reuniões de rodadas de negócios;
– 12 palestras;
– 15 apresentações de startups;
– 27 lives.
“Previsões pessimistas não se confirmaram”
Bento Albuquerque diz que previsões pessimistas não se confirmaram. Ele lembrou que na fase inicial da pandemia avaliações eram sombrias quanto ao desempenho da economia brasileira.
“As primeiras avaliações para o desempenho da economia não eram nada otimistas e apresentavam encolhimento da ordem de 8% do PIB. No setor mineral, o Banco Mundial estimou diminuição dos preços das commodities em 4,7%. Estimativas recentes apontavam a queda de 17% nos investimentos na mineração nos próximos 4 anos. Nos primeiros meses da pandemia as previsões mais otimistas projetavam recuperação da economia apenas no 1º trimestre de 2021. Felizmente não estamos vendo nada disso acontecer”, disse.
Bento Albuquerque se disse “muito otimista com o futuro do pais. É expressão de um sentimento resultante de fatos e de evidências”. Quanto a mineração, disse, “vamos superar este momento difícil e retornar ao projeto de fazer a mineração maior e melhor com foco no crescimento do país”.
Programa Mineração e Desenvolvimento
Para isso, ele mencionou as iniciativas de governo em prol da mineração. Como o “Programa Mineração e Desenvolvimento”. Inúmeras ações estão previstas no programa. Tais como:
Oferta de mais áreas para a mineração.
Minimização de barreiras e discussão da mineração em áreas restritas.
Ampliação das modalidades de financiamento público e privado dos empreendimentos.
Utilização dos títulos minerários como garantia de financiamento.
Acompanhamento dos principais projetos, como forma de garantir celeridade e presteza das ações públicas.
Ampliação dos esforços para a desburocratização do processo minerário.
E compromisso com a sustentabilidade.
Ele finalizou dizendo que sua equipe tem trabalhado com bastante empenho com intento de criar as condições necessárias para que o setor mineral. De modo que possa desenvolver seu enorme potencial, tendo como diretrizes a governança, a previsibilidade e a estabilidade regulatória e jurídica”.
O presidente do Conselho Diretor do IBRAM, Wilson Brumer, o diretor-presidente do Instituto, Flávio Penido, e o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Alexandre Vidigal de Oliveira, também participaram da solenidade.
Mineração como parceira do desenvolvimento
“Os números do e-mineração foram, de fato, espetaculares, como mencionou o ministro. As mineradoras abriram as portas para receber novos fornecedores e o setor demonstra que está pronto a agir em prol da sociedade, em várias frentes se necessário, nesse momento delicado”, disse Flávio Penido.
Segundo Wilson Brumer, “iniciativas como o e-mineração comprovam como o setor busca estar cada vez mais próximo das pessoas, que passam a ver mais claramente a mineração como uma parceira do desenvolvimento socioeconômico de suas comunidades e do país. Além de ter se posicionado cada vez mais próximo às comunidades, a mineração está ajudando as contas públicas do Brasil via o aumento das exportações, e também mais próximo aos seus fornecedores. Esperamos, assim, sermos reconhecidos como um setor pujante, que tem extremo respeito ao meio ambiente, às pessoas, que está muito focado em segurança operacional e que este setor se torne um exemplo de desenvolvimento socioeconômico deste país”.