Por Barbara Bigarelli,
Rio Grande do Sul
A Companhia Riograndense de Mineração (CRM) está investindo cerca de R$ 80 milhões na expansão e readequação da Mina de Candiota, elevando sua capacidade para 5Mtpa. O processo inclui compra de equipamentos de transporte, revisão de contratos terceirizados, reformas civis, mecânicas e elétricas. João Batista Casanova Garcia, superintendente de engenharia, lembra que a licitação da planta piloto de beneficiamento do carvão mineral a seco está em andamento. Um grupo de trabalho constituído pela Superintendência de Engenharia irá desenvolver o Projeto Básico de Mineração da Malha III. A conclusão de todos os projetos está prevista para dezembro de 2012 e a expectativa é de que a produção alcance 5 Mtpa. A CRM também trabalha para re ativação da lavra da Mina do Iruí, em Cachoeira do Sul, e viabilização na região de um complexo carboquímico, abastecido por termelétrica a carvão. Ainda no Reio Grande do Sul, a Calcário Andreazza está abrindo duas novas minas de calcário calcítico, em Vila Nova do Sul e iniciou em outubro deste ano a prospecção e sondagem de duas outras na mesma região.
Santa Catarina
Em julho desse ano, uma Frente Parlamentar foi instalada na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, com o objetivo de viabilizar a participação de usinas termoelétricas nos próximos leilões de energia A-5 – excluídas através da portaria 488 publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME). De acordo com Fernando Zancan, presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), já existem novos projetos licenciados por órgãos ambientais para as usinas termoelétricas, representando investimentos da ordem de R$ 13 bilhões, contabilizando 2,8 GW aptos a participar dos leilões. Outra importante iniciativa – o Centro Tecnológico de Carvão Limpo – deve estar concluído em 2012 e não faltam investimentos dos produtores locais, caso da Carbonífera Belluno, na expansão da produção. A logística também vem sendo repensada pelos produtores, através da expansão da Ferrovia Tereza Cristina (FTC). O objetivo é viabilizar o escoamento da produção das minas 101 (Içara), Maracajá e também da Usina Termelétrica do Sul Catarinense (Usitesc). O investimento previsto é de R$ 80 milhões e a previsão é de que o Ramal Maracajá entre em operação em 2016, com 11 km de extensão e escoando cerca de 480 mtpa.
Paraná
“Como resultado do salto na produção de cimento desde a retomada de crescimento em 2007, os principais projetos em implantação atualmente, referem-se a esse segmento, todos na região metropolitana de Curitiba (RMC)”, explica Ronaldo Moyle Baêta, especialista em Recursos Minerais do DNPM/PR. O estado é o maior produtor de cimento da região Sul e o terceiro maior produtor nacional (5,7 Mt em 2010), representando 9.6% da produção brasileira. Três importantes projetos estão em curso no estado. A Votorantim Cimentos está implantando uma nova linha de produção em sua unidade em Rio Branco do Sul, com o objetivo de ampliar a capacidade de produção de 4,3 para 6,3 Mtpa. A Cimento Itambé pretende aumentar a capacidade de produção para 2,8 Mtpacom a instalação de um novo forno. Já o município de Adrianópolis, vai receber um investimento de R$ 340 milhões com a instalação de uma fábrica da Margem Cimento, subsidiária da empresa catarinense Supremo Cimento, de Pomerode. A expectativa é que as atividades na nova unidade comecem em 2014, com produção de 750 mtpa.
(Outubro/novembro 2011)