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RAZÕES DE MERCADO
Quando faltam políticas públicas, imperam as razões de mercado, para o bem ou para o mal. No caso da mineração, segue em falta um marco regulatório que, mesmo sendo projeto ainda, já tirou a autoridade do código anterior. E desarranjou o setor.
No vácuo criado por essa distensão entre o que é e o vir a ser, os preços do minério de ferro caíram feio no mercado internacional e as ondas que já bateram na costa australiana, começam a bater por aqui. Na falta de mar, as terras mineiras enfrentam vendavais com as demissões crescentes de trabalhadores em grandes produtoras de ferro, como a Vale. É o mal.
Para o bem do setor, temos a primeira oportunidade de contar com um Código Brasileiro de Recursos e Reservas Minerais, graças à iniciativa louvável da ABPM e da ADIMB, associações representativas da pesquisa e da indústria mineral, respectivamente. Após esperar por uma política pública que definisse normas para a certificação daqueles depósitos, as associações decidiram andar por si mesmas.
Acertaram o passo com o CRIRSCO, comitê internacional que elaborou regras genéricas para essa validação, hoje adotadas, com os devidos ajustes, por países como a Austrália, o Canadá e o Chile. O protocolo, assinado pelas três entidades em 5 de maio passado, abre perspectivas para a captação de recursos por mineradoras brasileiras na Bovespa, por exemplo. Mesmo que esse processo seja trabalhoso e longo ainda, ao menos já é um processo.
Ainda para o bem, temos a nova tecnologia desenvolvida pela New Steel, que promete substituir, com custo altamente competitivo, o método tradicional de processamento de minérios. E, a partir desta edição, contamos com a seção Mine Insight, que divulga prospectos para investimento em exploração mineral. Porque a mineração não pode prescindir de descobertas e acabar sem futuro. Se faltam políticas públicas para isso, sobram razões de mercado.
Wilson Bigarelli editor@inthemine.com.br
Nesta edição:
PROSPECTOS Oportunidades de investimento em projetos de MG e Tocantins
CERTIFICAÇÃO ABPM e ADIMB viabilizam primeiro Código Brasileiro de Recursos e Reservas
VANÁDIO Com Maracás e novos projetos, País pode se tornar um dos três players globais
BRITAGEM Maior rentabilidade com ganho de eficiência energética na cominuição
ESPECIAL: A MINERAÇÃO EM TEMPOS DE FALTA D’ÁGUA
O que mineradoras e fabricantes propõem para atender o racionamento de água. O objetivo não é apenas reduzir o custo, algo indispensável no momento atual, mas também atender às demandas da sociedade que está pressionando a indústria a dar sua parcela de contribuição nesse esforço. Das melhorias de processo, passando pela redução do impacto das barragens até um sistema que elimina a água na recuperação de rejeitos de minério de ferro, o setor mobiliza-se para fazer valer a sua “licença social”
PERSONALIDADE
Geólogo formado pela UnB (Universidade de Brasília), com carreira iniciada na Vale em 1992, passando à Noranda-Falconbridge e à BHP Billiton, Fernando Henrique Bucco Tallarico está, desde 2007, no grupo Forbes & Manhattan, banco comercial privado com sede em Toronto, no Canadá, que tem a maior parte de seu portfólio de investimentos focado no segmento de mineração. Tallarico já estruturou os projetos de três Junior Companies – Castillion Resources, Falcon Metals e, atualmente, é o diretor técnico da Aguia Resources. Ele fala do potencial dos projetos de fosfato Três Estradas, Joca Tavares e Cerro Preto, no Rio Grande do Sul (Sul), que poderão consolidar a mineradora como uma empresa de fertilizantes do sul do País. A incerteza regulatória e a falta de infraestrutura no Brasil, segundo ele, são fatos que precisam ser superados. “Nossa experiência tem nos mostrado que os bons projetos vão sempre, no momento certo, ser implantados”.
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