OPORTUNIDADES NÃO FALTAM
Nem é o caso de continuar a arriscar previsões de quando as placas tectônicas estarão novamente assentadas na economia mundial. Importa mesmo, neste momento ou em qualquer outro, falar das oportunidades de desenvolvimento. É o que fazemos nesta edição, que fecha um primeiro giro pela mineração brasileira, territorialmente falando, com o caderno especial sobre a Região Sul.
A exemplo de nossas outras edições regionais, mapeamos novos projetos, em prospecção ou operação. Mais uma vez agradecemos o apoio da direção nacional e dos distritos do DNPM, assim como das secretarias estaduais que tem sob sua órbita a mineração. Sem seus preciosos subsídios, confrontados com nossas próprias pesquisas e dados repassados pelas mineradoras, não teríamos atingido nosso objetivo, que é o de gerar informação nova, referencial para o investimento.
Ao falar da Região Sul do País, falamos de tudo o que ela faz em mineração. Muita coisa nos surpreendeu, inclusive no setor carbonífero, que evoluiu muito sim, no mundo e no Brasil. Há, por exemplo, tecnologias prestes a garantir, inclusive por razões de mercado, a produção limpa em escala de carvão mineral. Num futuro bem próximo, mineiros deixarão de descer aos subterrâneos da mina, porque o que interessa não é o carvão, mas o metano que ele contém e que pode ser extraído da superfície.
Outra prova de evolução, dada não pela Alemanha, Inglaterra ou Austrália, países onde essas tecnologias estão sendo desenvolvidas, está bem perto – em Santa Catarina. Lá, num evento ainda raro na mineração em geral, toda a cadeia produtiva do carvão mineral está certificada com a ISO 14000 e se prepara para buscar a OHSAS 18000, de segurança e saúde operacional. Cabe-nos dizer que estes novos tempos pedem revisar a posição convencional sobre a atividade. Aos leitores, cabe decidir se a favor ou contra.
Wilson Bigarelli, editor@inthemine.com.br