A SimpleLab Tecnologia, fundada em 2020, em Belo Horizonte (MG) é responsável pelo software Geolabor, desenvolvido desde 2014. A startup atua no segmento de engenharia geotécnica, com foco principal na digitalização dos processos de investigações geotécnicas de campo e laboratório e na garantia e controle de qualidade (QA/QC) para projetos de empilhamento de rejeitos drenados. A empresa nasceu como uma spin-off do braço de tecnologia da Chammas Engenharia, um dos principais players de engenharia geotécnica do Brasil.

Segundo Samir Chammas, CEO e cofundador da SimpleLab, o Geolabor foi a tecnologia selecionada para participar da terceira edição do programa M-Start, em 2019, através do desafio de controle geotécnico de pilhas de rejeito da mineradora Samarco. Além desse projeto, o software já foi empregado pela Vale, Anglo American, AngloGold Ashanti, CBMM (Cia.Brasileira de Mineração e Metalurgia), Gerdau, JMN Mineração e EuroChem Fertilizantes, que adquiriu o projeto Serra do Salitre (MG) da Yara Fertilizantes, em 2022 (veja tabela ao final da página).

Hoje, os principais projetos da SimpleLab, diz Chammas, são os de digitalização dos processos de investigação e controle geotécnico de mineradoras. “Novas estruturas de empilhamento de rejeito estão sendo desenvolvidas e seu controle efetivo, desde as fases iniciais, é fundamental para o sucesso do projeto”, diz o CEO.

Ele acredita que ainda há muito espaço nessa área da engenharia para melhorar a qualidade dos processos. “Em especial, para conferir maior confiabilidade, rastreabilidade, contexto e inteligência para os dados geotécnicos que são coletados, impactando positivamente toda uma cadeia, que vai desde o proprietário do empreendimento, times de engenharia, acionistas, comunidades e governos”, explica.

Na avaliação de Chammas, é notável o surgimento de diversas iniciativas para projetos de inovação aberta, e o crescente interesse das mineradoras em buscar soluções de base tecnológica para seus problemas. Por outro lado, considera, há muita ansiedade por soluções prontas e que se encaixem perfeitamente nos problemas existentes nas empresas. “Acredito que estamos no início de um processo de amadurecimento onde, ao final, a inovação vai passar a ser uma forte competência das grandes organizações, o que vai mudar todo o olhar de como conduzir os processos e projetos de base tecnológica”, considera.

De toda forma, complementa, toda a indústria ainda está num estágio em que precisa melhorar a qualidade dos dados que são coletados em seus processos, permitindo que sejam abrangentes, representativos, contextualizados e atualizados regularmente. Para o executivo, somente após a superação dessa fase, as ferramentas de IA (Inteligência Artificial) poderão ser exploradas em todo seu potencial.

Crédito: Geolabor/Divulgação

Obs.: O Geolabor com os aplicativaos Controle Geotécnico e Investigações de Campo têm por finalidade garantir a confiabilidade e permitir a rastreabilidade do projeto