CONTRIBUIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO DE COMUNIDADES TRADICIONAIS

CONTRIBUIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO DE COMUNIDADES TRADICIONAIS

A pandemia de coronavírus fortaleceu os laços de solidariedade entre a Mineração Rio do Norte (MRN) e as comunidades em seu entorno. No caso, 50 comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas dos municípios de Oriximiná, Faro e Terra Santa, no oeste paraense. A parceria, que remonta aos anos 80, tem o apoio de associações de comunidades locais. Como a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná (ARQMO).

E, agora, no mês de setembro, foi além de viabilizar a doação de milhares de máscaras para comunidades.  Passou também a contribuiu para incrementar a renda da população. A MRN mantém mais de 65 iniciativas. Como o trabalho conjunto com a Associação das Comunidades das Glebas Trombetas e Sapucuá (ACOMTAGs). A entidade reúne 1.250 famílias ribeirinhas associadas e distribuídas em 29 comunidades das glebas Trombetas I e Sapucuá.

Titulação de terras e geração de renda

Desde 2003, quando foi fundada, esta associação recebe apoio da MRN em ações como a viabilização de recursos financeiros para as comunidades. Com o objetivo de demarcar e documentar a titulação de suas terras. E no desenvolvimento de projetos de geração de renda. Como o Sistema Agroflorestais (Safs) e o de criação de peixes.

“A cada ano, nosso diálogo está mais aberto com a empresa e esperamos que estas parcerias se mantenham”. Quem afirma é Evanilson Marinho de Figueiredo, diretor administrativo da ACOMTAGs. Atualmente, estão sendo distribuídas cestas básicas e máscaras para mais de mil famílias.

Outro testemunho é de Clóvis Almeida, morador da comunidade quilombola do Moura. E coordenador financeiro da Associação das Comunidades Remanescentes do Quilombo do Alto Trombetas 2 (ACRQAT).  O apoio da mineradora inclui também o abastecimento de combustível do barco e da lancha que fazem o transporte das cestas, além de custear a alimentação das equipes que trabalham nessa distribuição. “Agradecemos à MRN e fazemos nossa parte conscientizando a comunidade em caso de extrema urgência. Para que possamos juntos vencer essa pandemia”

Mais de 8 milhões investidos em ações sociais

Máscaras produzidas para doações a comunidades
Máscaras produzidas para doações a comunidades

Durante a pandemia, a MRN ampliou suas ações sociais com os comunitários e prefeituras. Desde março deste ano já foram investidos R$ 8.404.924,57 no enfrentamento à covid-19. Esses recursos custearam campanhas preventivas, distribuição de cestas básicas para comunidades, doação de equipamentos hospitalares, suporte com profissionais de saúde e materiais de higiene. Além de testes rápidos para os hospitais municipais de Oriximiná, Terra Santa, Faro e Óbidos. A empresa também apoiou o hospital de Alenquer com equipamentos e a prefeitura de Santarém com 3 mil cestas básicas.

Mais de 40 comunidades tradicionais de Oriximiná estão sendo beneficiadas com uma iniciativa que viabilizou a geração de renda para microempreendedores locais. E contribuirá para a saúde preventiva de 13 mil ribeirinhos, quilombolas e indígenas deste município. Por meio de parceria entre a MRN e a ARQMO, através do grupo “Pela Vida no Trombetas”, foi lançado em agosto um edital de chamamento público. Pelo qual foram selecionados 10 profissionais de costura para confeccionar máscaras protetivas, visando garantir a saúde preventiva destas comunidades durante este período de pandemia.

Foram doados pela MRN R$ 39 mil para viabilizar a produção de 13 mil máscaras reutilizáveis em tecido 100% algodão. O que gerou renda para os dez profissionais que trabalham com costura, responsáveis pela confecção das máscaras. A seleção e o acompanhamento dos projetos foram conduzidos pela ARQMO e mais de 40 comunidades de Oriximiná foram beneficiadas com esta iniciativa.

“Foi muito positiva essa parceria, neste momento em que nossas comunidades precisam destas máscaras para se proteger do coronavírus. Distribuímos um primeiro lote, em setembro, para as comunidades do Alto Trombetas 1, Erepecuru, Ariramba e Água Fria. O segundo lote foi distribuído nos dias 8 e 9 de outubro durante a nova fase de entrega das cestas básicas para as comunidades do Alto Trombetas 2 e Cachoeira Porteira”, comenta Claudinete Colé, coordenadora da ARQMO.

Segundo Vladimir Moreira, diretor de Sustentabilidade da MRN, iniciativas como estas só são possíveis por meio do diálogo contínuo e colaborativo. Com o qual tem se viabilizado a união de vários parceiros como as comunidades e representantes do poder público, de entidades socioambientais e universidade. “As ações que desenvolvemos seguem numa evolução contínua, contribuindo para que os espaços de diálogos sejam ampliados. O que gera maior interação e a construção de soluções participativas entre a empresa e as comunidades tradicionais”.

Capital de giro e novas máquinas de costura

Para o microempreendedor quilombola Madson Pinheiro, da comunidade Boa Vista/Área Erepecuru Rio Cuminá, o resultado é bastante positivo. Ele trabalha com camisetaria, faixa, banner e brindes. O trabalho incrementou sua renda e das costureiras que trabalharam em parceria com ele, oportunizando a ampliação do seu negócio. Numa ação planejada em parceria com empresas que fornecem tecidos e costureiras, ele produziu 6 mil máscaras em oito dias. O que gerou uma boa renda para ele e costureiras, que renovaram suas máquinas de costura.

“Eu consegui estabelecer um capital de giro e comprei mais duas máquinas com tecnologia profissional para ampliar o meu trabalho de costura e uma máquina de estampar caneca. Só tenho a agradecer à ARQMO e MRN. Estou muito feliz de fazer parte deste trabalho, pois ele veio para alavancar meu negócio”.

Neilane Marques, que é costureira, e o esposo dela Jaime de Oliveira, que é da comunidade quilombola Varre Vento, somaram esforços no projeto, produzindo 1.500 máscaras em duas semanas. “Ficamos muito felizes em fazer parte desta parceria da ARQMO com a MRN e poder ajudar pessoas carentes, que não têm condições de comprar máscaras para se proteger nesta pandemia”, declara.

Grupo interinstitucional “Pela Vida no Trombetas”

Atendendo a uma solicitação da Associação dos Povos Indígenas de Mapuera – APIM, neste mês de outubro a MRN doou 34 kits de uniforme tipo camuflado, contendo duas calças cargo, duas camisas manga longa com refletivo, um capacete e um par de botas de  segurança. Esses uniformes  visam proteger os 17 indígenas que estão  executando a ação de  barreira sanitária e de fiscalização das aldeias no combate à pandemia da covid-19.

As ações de enfrentamento à covid-19, desenvolvidas pelas MRN, estão alinhadas às iniciativas do grupo interinstitucional “Pela Vida no Trobetas” . Criado em março deste ano, o grupo reúne representantes da MRN, Ministério Público Estadual, associações comunitárias, Universidade Federal Fluminense de Oriximiná, Fundação Nacional do Índio e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Secretaria Especial de Saúde Indígena.

Tem como missão avaliar e propor ações conjuntas para proteger as populações rurais, quilombolas e indígenas da região, além de elaborar material informativo de prevenção ao novo coronavírus para os povos e comunidades tradicionais do município de Oriximiná e região.

O grupo reúne-se, periodicamente, por meio de videoconferência, onde são discutidas e construídas, soluções que possam ser implementadas nas comunidades. Entre as iniciativas já realizadas estão campanhas preventivas, distribuição de milhares de cestas básicas para comunidades (quilombolas, ribeirinhas e indígenas e de Santarém) e doações de equipamentos hospitalares, materiais de higiene e testes rápidos para os hospitais municipais de Oriximiná, Terra Santa, Faro, Alenquer e Óbidos.

 

 

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