Por: Carlos Neves (*)
O nosso propósito na Hydro é a criação de uma sociedade mais viável, ao desenvolvermos recursos naturais em produtos e soluções, de forma inovadora e eficiente. No Brasil, a maior parte dos nossos ativos, operações e empregados está localizada no estado do Pará. Não subestimamos o desafio de produzir alumínio na região amazônica, com a plena consciência da nossa responsabilidade de gerenciar e reduzir impactos.
Em 2021, esperamos uma produção anual expressiva na nossa mina de bauxita, localizada no município de Paragominas, que deve chegar a 11 milhões de toneladas. E celebramos, com orgulho, a implantação da metodologia Tailings Dry Backfill (ou disposição de rejeito em área lavrada), um investimento de R$ 30 milhões para eliminar o armazenamento permanente de rejeitos em barragens.
O nosso compromisso com a sustentabilidade passa ainda pela busca constante da excelência no reflorestamento de áreas mineradas. Na Mineração Paragominas, a cada 1 hectare disponibilizado no ano (área lavrada menos a área utilizada para infraestrutura) recuperamos 1 hectare em até dois anos após a disponibilização. Até o final de 2021, teremos reflorestado 2.800 hectares, um acréscimo de 300 hectares em um ano, dando sequência ao processo de recuperação iniciado em 2009.
Esse trabalho é apoiado pelo Consórcio de Pesquisa em Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC), criado em 2013, que opera em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e a Universidade de Oslo, na Noruega.
Ainda com a UFPA, estamos investindo cerca de R$ 1 milhão em uma pesquisa para testes com um sistema fotovoltaico flutuante no reservatório de água da Mineração Paragominas. O objetivo é reduzir a evaporação da água dos reservatórios da unidade e oferecer uma nova fonte de energia capaz de atender parte do consumo próprio da mina.
Já na Alunorte, refinaria de alumina no município de Barcarena, colocamos em operação neste ano DRS2, depósito de resíduo. Combinado à tecnologia do filtro prensa, que gera um resíduo com 78% de conteúdo sólido e permite empilhamento por compactação, em uma área 3 vezes menor para armazenar a mesma quantidade de resíduo, o DRS2 significa para todos nós um grande avanço tecnológico, de sustentabilidade e segurança para nossa operação.
Nossas ambições para o futuro, ainda, são de reduzir as emissões em 10% em 2025 e em 30% em 2030, considerando todas as nossas operações, globalmente. Na Alunorte, temos o projeto de troca de óleo combustível por gás natural liquefeito (GNL), diminuindo as emissões anuais de CO2 em 700 mil toneladas ou 14%. Já firmamos contrato com a New Fortress Energy para esse fornecimento de GNL por um período de 15 anos.
Além das melhorias contínuas das operações, nossa prioridade máxima continua sendo a segurança e a saúde dos empregados e das comunidades em que operamos. Por isso, seguimos a implementação de diretrizes para lidar com a pandemia, assim como os protocolos das autoridades de saúde. Desde 2020, destinamos mais de R$ 20 milhões à prevenção e ao combate à pandemia nos nossos territórios de atuação. Nossas doações incluíram equipamentos e utensílios médicos e hospitalares e testes rápidos de detecção da doença, entre outros, além de 45 mil cestas básicas à população em condição de vulnerabilidade.
Para todos nós, participantes da construção diária de uma companhia que é líder industrial, é importante reconhecermos a importância de mitigar a nossa pegada ambiental e maximizar os benefícios de nossa presença nos territórios. Estamos comprometidos em impulsionar as melhores práticas de sustentabilidade, enfrentando os principais desafios do setor por meio da colaboração de todos os atores locais e da inovação em nossos processos.
(*) Carlos Neves é diretor de Operações de Bauxita & Alumina da Hydro
Foto: Hydro/Divulgação
