COCRIADORAS DA MINERAÇÃO DE PONTA

Elas vieram para ficar, isso é certo. Mas, principalmente, vieram para mudar. As startups e mining techs se multiplicaram, inclusive na indústria de mineração, projetando e implantando soluções para eliminar problemas pontuais na operação das empresas. Participam de hubs do setor, como o Mining Hub, e contam com o apoio de aceleradoras criadas e mantidas por órgãos públicos e privados.

Entre eles, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), federações como a da Indústria e Comércio de Minas Gerais (FIEMG-MG), associações como a ABDI (Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial), o SEED MG – Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development –, do governo de Minas Gerais, e a ACE Venture, várias em parceria com empresas do Sistema S (SENAI e SEBRAE especificamente).

A história dessas empresas começa simples e se sofistica ao longo do tempo. A Geoinova, por exemplo, iniciou sua atuação implantando projetos de geotecnologia para grandes mineradoras, com foco no acompanhamento de áreas de mineração ou florestais através de imagens por satélite. Evoluiu para o desenvolvimento de uma plataforma própria de monitoramento aéreo – o GeoInova Mineração – que, além do acompanhamento de áreas, se aplica à identificação de atividades irregulares como garimpos ilegais, desmatamentos e invasões de terras.

Também a Beyond Mining construiu uma plataforma para lidar com os desafios do dia-a-dia de operações de mineração. É a GAIA (Geoscience Intelligence Artificial Algorithms), baseada em Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning, que simula processos minerais, otimizando-os ou trazendo-lhes previsibilidade.

Já o software Geolabor, da SimpleLab Tecnologia, destina-se ao segmento de engenharia geotécnica, com foco principal na digitalização dos processos de investigações geotécnicas de campo e laboratório e na garantia e controle de qualidade (QA/QC), para projetos de empilhamento de rejeitos drenados.

Fora do conceito de startup, mas dentro da definição de Mining Tech, a franco-brasileira Morfo desenvolveu solução para o reflorestamento, em grande escala, de áreas degradadas e improdutivas. Recém-criada no Brasil, onde iniciou suas atividades em 2023, a empresa já reúne um portfólio de projetos que serão realizados no final do ano nas regiões de Minas Gerais e do Pará e nos estados do Rio de Janeiro, Paraná e Bahia. E mais: está em fase de análises e diagnósticos de empreendimentos planejados para 2024 nos biomas da Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado.

Todas reúnem notícias boas e positivas. Mas há um projeto de destaque, que se chama Open Mine. A parceria entre a Beyond Mining e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), para tornar a indústria de mineração “AI friendly”, em termos do uso responsável e minimização dos riscos da tecnologia.

CONTROLE GEOTÉCNICO E INVESTIGAÇÕES DE CAMPO

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E MACHINE LEARNING

RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS FLORESTAIS

PLATAFORMA DE MONITORAMENTO DE ÁREAS

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.