A BHP anunciou, em 2 de maio, a conclusão da aquisição da OZ Minerals, através da BHP Lonsdale Investments Pty Limited, subsidiária integral do grupo minerador. Mike Henry, CEO da BHP, afirmou que o negócio fortalece o portfólio de cobre e níquel da empresa e alinha-se à sua estratégia de atender à crescente demanda por minerais necessários à fabricação de veículos elétricos, turbinas eólicas e painéis solares, voltados à metas de transição energética para uma economia de baixo carbono.

“A combinação de nossas duas organizações fornecerá opções de crescimento, trará novos talentos e inovação para liberar esses recursos de maneira sustentável e agregar valor aos acionistas e comunidades”.

Com a aquisição da OZ Minerals, a BHP se concentrará na operação dos ativos de Olympic Dam, Prominent Hill e Carrapateena, no sul da Austrália, onde pretende estabelecer uma província mineral para a produção de cobre. “A Austrália do Sul tem potencial para ser um importante fornecedor para atender à crescente demanda mundial por cobre e esperamos liberar o potencial de nosso pessoal e seus talentos combinados. Isso exigirá um novo pensamento e nova tecnologia e estamos entusiasmados para começar a trabalhar nas oportunidades futuras”, disse o diretor de Operações da BHP, Edgar Basto.

Os acionistas da OZL receberam, em dinheiro, o valor de A$ 28,25 por ação da mineradora, equivalente à soma do preço de A$ 26,50, pago pela BHP por ação adquirida até as 19 h de 24 de abril de 2023, quando a negociação entre as duas empresas foi registrada, e um dividendo de A$ 1,75 por ação, pago pela OZL. Para cumprir sua parte no acordo, a BHP utilizou reservas de caixa e recursos de uma linha de crédito. A remoção da OZL da lista oficial da bolsa australiana (ASX) foi solicitada em 2 de maio e deve ocorrer até 3 de maio de 2023.

No Brasil, a OZ Minerals possui dois hubs de mineração – Carajás Leste e Carajás Oeste, no Pará. Em Carajás Leste, fica o projeto Santa Lúcia, de óxido de ferro, ouro e cobre, em Carajás, em fase de estudo de viabilidade, e as mina Pedra Branca, em Água Azul do Norte, de ouro e cobre, e Antas, de ouro, em Curionópolis, onde é processado o minério extraído de Pedra Branca.

Em Carajás Oeste está o projeto Pantera, de ouro e cobre, localizado em Ourilândia do Norte, ainda em fase de exploração mineral, adquirido da Avanco Resources em 2019. Outro projeto de exploração é o Centro Gold, em Centro Novo do Maranhão (MA), que conta com três depósitos de ouro – Blanket, Contact e Chega Tudo -, também adquirido da Avanco Resources, em 2018.

Ainda na América Latina, a OZ Minerals possui o projeto Paraíso, de ouro e cobre, em Arequipa, no Peru.

Foto (OZ Minerals): Mina Pedra Branca, em Água Azul do Norte (PA)