O presidente da BAMIN, Eduardo Ledsham e o CEO Global da ERG, Benedikt Sobotka, juntamente com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e o Governador do Estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues, além de outras autoridades federais, estaduais e municipais, inauguraram ontem, 3 de julho, em Ilhéus, na Bahia, o início das obras no Lote 1F da Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL 1).
O evento marcou a construção de um corredor logístico para o Estado da Bahia, impulsionando diversos setores e fomentando o desenvolvimento socioeconômico nos municípios por onde passa. Na ocasião, a companhia assinou um Memorando de Entendimento com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), com o Banco do Nordeste, com a CREC-10 e com a Sinosteel.
As obras do LOTE 1F receberão o investimento de R$ 1.1 bilhão e serão executadas pelo Consórcio TCR-10, formado pela empresa brasileira Tiisa e pela chinesa CREC-10. O consórcio será responsável pela realização do serviço de construção e obras, infraestrutura e superestrutura ferroviárias, sob o prazo de 36 meses.
A FIOL 1 terá um total de 537 quilômetros de extensão e, quando estiver em operação, oferecerá uma importante solução logística e de conexão Oeste-Leste na Bahia, sendo o elo fundamental dentro do projeto integrado conduzido pela BAMIN no estado, do qual também fazem parte a Mina Pedra de Ferro, em operação na cidade de Caetité, e o terminal de águas profundas no Porto Sul, em construção na costa de Ilhéus. O aporte total dos três projetos chega a R$ 20 bilhões.
“A BAMIN está comprometida com um futuro sustentável e integrado. Trabalhamos para iniciar em 2027 a operação de um dos maiores projetos de infraestrutura do Brasil, com um grande corredor logístico de escoamento e exportação, que impulsiona o desenvolvimento socioeconômico, sobretudo, através dos setores da mineração e do agronegócio”, afirmou Benedikt Sobotka, CEO Global da ERG, organização responsável pelas atividades da BAMIN no Brasil.
“Estamos aqui celebrando o início das obras desse importante marco no desenvolvimento da Bahia e do Brasil. Vamos levar oportunidades e desenvolvimento ao povo baiano que sempre nos recebe de forma calorosa. Nos trens da FIOL 1, transportaremos com muito orgulho o desenvolvimento da Bahia e do Brasil”
A FIOL 1 terá capacidade para movimentar 60 milhões de toneladas de carga por ano. A BAMIN utilizará 40% desse potencial no transporte do minério produzido pela Mina Pedra de Ferro, disponibilizando o restante do volume potencial para o escoamento da produção de outras mineradoras, do agronegócio e demais segmentos industriais do estado.
Além do foco em segurança e eficiência operacional e energética, a BAMIN conduz os negócios do seu projeto integrado sob o compromisso de contribuir de maneira efetiva para o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua. A empresa prioriza a responsabilidade de construir legado para as comunidades que habitam esses territórios.
“Quando ferrovia e porto estiverem concluídos, em 2027, esse corredor irá representar um novo vetor de desenvolvimento econômico para diversos setores produtivos, com efeitos positivos para as comunidades. A Bahia ocupará uma nova e importante dimensão na economia nacional porque o projeto está comprometido com a criação de oportunidades para os produtores regionais e o incremento das cadeias produtivas que estão instaladas ao longo do percurso da FIOL 1”, afirmou Sérgio Leite, CEO de Ferrovia da BAMIN.
Para a analista de Relacionamento com Comunidades da BAMIN, Sandra Argolo, que trabalha há 14 anos na empresa, o projeto é grandioso. “Vai transformar a vida de muita gente assim como transformou a minha. Na BAMIN não somos números, somos enxergados como profissionais e pessoas queridas, acima de tudo. A BAMIN é um time que joga junto e faz acontecer”, afirma.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que é preciso garantir para os empresários e investidores nacionais e estrangeiros estabilidade política e econômica.
“Um país do tamanho do Brasil precisa ter uma malha ferroviária para transportar suas riquezas e para isso precisa cumprir os compromissos moldados em credibilidade e competência. É de interesse da soberania nacional tornar o país cada vez mais competitivo. Quero agradecer aos empresários a confiança e a vontade de fazer esse projeto. Se a Bahia der certo, o Brasil também vai”.
De acordo com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, “nada mais simbólico do que uma ferrovia, com locomotivas e vagões engatados uns aos outros, representando uma grande composição unida para transportar o desenvolvimento para a Bahia e para o país. O que estamos presenciando hoje é a retomada do crescimento e a ferrovia é uma parte importante disso”.
CONCESSÃO
O contrato para a construção dos 537 quilômetros de extensão da FIOL 1, foi assinado em setembro de 2021 com o Ministério da Infraestrutura, do Governo Federal. A subconcessão da BAMIN tem a duração de 35 anos, sendo cinco para construção e 30 anos para operação. A ferrovia oeste-leste foi planejada, nacionalmente, em três etapas. A BAMIN arrematou o Trecho 1, entre Caetité e Ilhéus, durante leilão realizado no mês de abril de 2021. A antiga Valec, agora INFRA S.A., executou cerca de 70% da obra da FIOL 1, ficando sob a responsabilidade da BAMIN a conclusão dos 30% restantes. Os trechos 2 e 3 da FIOL estão sob administração do Governo Federal.
MINA PEDRA DE FERRO
A implantação do corredor logístico que interliga Caetité (Mina) a Ilhéus (Porto) permitirá que a BAMIN amplie a sua produção de 1 milhão de toneladas de minério de ferro atuais para 26 milhões de toneladas a partir de 2027, na Mina Pedra de Ferro. Este resultado deverá consolidar o estado da Bahia como terceiro maior produtor de minério de ferro do Brasil.
A BAMIN oferece ao mercado internacional um minério diferenciado, de alta qualidade, com o teor de ferro acima de 65%, o que o classifica na categoria premium, atendendo ao compromisso da descarbonização em escala mundial. O minério premium, na siderurgia, exige o uso de uma quantidade menor de carvão, emitindo menos CO2 no processo.
PORTO SUL
O Porto Sul, na costa de Ilhéus, é um terminal marítimo de águas profundas, que poderá receber navios com capacidade de até 250 mil toneladas. Com operação prevista para 2027, o empreendimento é projetado para movimentar até 42 milhões de toneladas anuais. A BAMIN utilizará 60% da capacidade operacional do terminal marítimo, disponibilizando 40% para outras cargas, como do agronegócio e de outras mineradoras.