Viver sem acesso à internet é uma situação comum a cerca de 3,9 bilhões de pessoas no planeta, que ainda não dispõem desse serviço. A estimativa é da Comissão de Banda Larga para o Desenvolvimento Sustentável, entidade formada pela parceria entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a União Internacional de Telecomunicações (UIT). Grande parte dos excluídos digitais vive em áreas rurais de países em desenvolvimento. Para tornar o planeta um lugar mais conectado, várias iniciativas têm sido postas em prática.
Uma delas é o Projeto Loon, da empresa X, antigo braço de pesquisa do Google e hoje um negócio autônomo controlado pela Alphabet, a holding responsável pela gigante mundial de buscas. O Loon foi criado em 2013 e ainda encontra-se em estágio experimental. O projeto consiste de uma rede de balões não tripulados, inflados com gás hélio, que voam na estratosfera, faixa entre 7 quilômetros (km) e 50 km de altitude, carregando equipamentos capazes de estender a conexão à internet para regiões isoladas do globo.
O Facebook também tem seu projeto, batizado de Aquila, que usa um drone movido à energia solar para distribuir o sinal de internet. No Brasil, a Altave, de São José dos Campos (SP), utiliza balões para levar banda larga a fazendas e comunidades rurais. A tecnologia também pode ser usada depois de desastres naturais, quando a infraestrutura de determinada localidade é destruída, e no monitoramento de grandes eventos.
Os balões do Projeto Loon flutuam a 20 km da superfície da Terra, acima do nível de cruzeiro de aviões comerciais. Feitos de polietileno, foram projetados para suportar as condições hostis da estratosfera. Os balões têm 15 metros (m) de diâmetro por 12 m de altura e são feitos para permanecer mais de 100 dias no espaço.
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